Terça-feira, 14 de Janeiro, 2025

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Petróleo sobe impulsionado por onda de frio nos EUA

Os preços do petróleo registaram um aumento nesta quinta-feira, 9 de Janeiro, impulsionados pela onda de frio que afecta os Estados Unidos. Contudo, o impacto foi moderado pelos elevados níveis das reservas americanas e pela inflação na China.

O barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em Março, subiu 1%, alcançando os 76,92 dólares. O West Texas Intermediate (WTI), equivalente norte-americano, com entrega em Fevereiro, teve um crescimento de 0,82%, fixando-se nos 73,92 dólares.

Impacto da onda de frio

De acordo com John Kilduff, da Again Capital, o mercado apresentou “uma recuperação após a queda do dia anterior”, com os operadores a concentrarem-se na procura por combustíveis para aquecimento. Uma onda de frio severa está a atravessar os Estados Unidos, provocando temperaturas negativas, fortes nevões e condições perigosas de gelo, particularmente no sul do país.

A tempestade de inverno, que começou no centro dos EUA e avança para o leste, já causou a morte de pelo menos cinco pessoas, centenas de cancelamentos de voos e severas perturbações no quotidiano.

Reflexos nos preços de energia

As previsões de continuação das condições extremas elevaram também o preço do gás natural americano, que subiu 1,86%, atingindo 3,72 dólares por milhão de unidades térmicas britânicas (BTU). Este aumento está a tornar o uso de fontes de energia alternativas mais atrativo, o que, segundo Kilduff, contribui para sustentar o mercado de petróleo.

Influência das reservas americanas

Apesar da valorização, os preços do petróleo são moderados por níveis de reservas americanos superiores ao esperado. Dados divulgados pela Agência de Informação sobre Energia dos EUA indicam que, na semana encerrada a 3 de Janeiro, as reservas comerciais de petróleo caíram em 959 mil barris. Esta redução ficou abaixo da previsão dos analistas, que esperavam uma queda de dois milhões de barris.

Perspectivas

A conjugação do aumento da procura por energia devido ao frio intenso e das limitações impostas pelos níveis das reservas poderá manter os mercados voláteis nos próximos dias.

AFP

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