A cidade do Huambo viveu, no dia 8 de janeiro, um momento histórico no encerramento das celebrações do Dia da Cultura Nacional. O Presidente da República, João Lourenço, marcou presença na gala realizada no Centro Cultural Manuel Rui, conferindo um brilho especial ao evento que ficará na memória de todos.
O Ministro da Cultura, Filipe Zau, deu início à cerimónia com um discurso que percorreu a história da criação artística em Angola. Ele destacou figuras e feitos que moldaram a identidade cultural do país, com ênfase na importância de preservar e celebrar esse legado. O discurso foi particularmente marcante, pois este ano celebra-se o 50.º aniversário da Dipanda, uma data de especial significado para a nação.
Um dos pontos altos da noite foi a entrega do Certificado de Classificação dos SONA – desenhos geométricos feitos sobre areia – na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO. O Presidente recebeu o certificado das mãos do ministro e, em curtas palavras, enalteceu esta conquista como uma vitória de todos os angolanos. João Lourenço reiterou o compromisso de continuar a trabalhar pelo reconhecimento internacional do património cultural angolano.
O espetáculo foi uma verdadeira exaltação da cultura nacional. O Grupo Katiavala, composto por mulheres do Huambo, encantou o público com danças ancestrais, transmitindo força e alegria. Seguiram-se as melodias arrebatadoras das guitarras, uma performance emocionante que ficou gravada na memória dos presentes.
Edna Mateia trouxe sua energia vibrante ao palco, enquanto o humor do General Foge a Tempo arrancou gargalhadas com histórias repletas de ironia e sátira. Para encerrar, Ndaka Yo Wini apresentou uma fusão única de sons tradicionais angolanos com influências globais, prometendo levar a música nacional a novos patamares. Ndaka prepara-se para uma colaboração de prestígio com Salif Keita, o renomado músico maliano, consolidando sua presença no cenário da world music.
Com o Huambo como palco central, o Presidente João Lourenço liderou uma celebração que honrou o espírito dos libertadores que construíram a independência de Angola. A gala foi um tributo à coragem e à identidade cultural de uma nação que continua a construir seu legado com criatividade e determinação.
