A cotação do petróleo Brent para entrega em fevereiro terminou esta semana no mercado de futuros de Londres em baixa de 1,35%, para os 71,12 dólares.
O barril de crude do Mar do Norte, de referência para exportações angolanas, fechou a sessão no International Exchange a cotar 97 cêntimos abaixo dos 72,09 dólares com que encerrou as transações na quinta-feira.
O Brent reagiu negativamente à decisão do OPEP+, designação do grupo que junta a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com aliados, como a Federação Russa, de adiar pela terceira vez a entrada em vigor do seu plano de aumentar gradualmente a produção para 01 de abril.
O grupo também decidiu alargar, de 12 para 18 meses, até final de 2026, o período no qual prevê regressar ao nível de produção antes dos atuais cortes de 2,2 milhões de barris diários, de forma a moderar os aumentos mensais, inicialmente definidos em 180 mil barris.
A desaceleração da procura a nível mundial, especialmente por parte da China, o principal importador, já tinha obrigado àqueles adiamentos, desde outubro.
“Os participantes do mercado estão a avaliar se estes movimentos (do OPEP+) bastam para contrariar o arrefecimento da procura global e o excesso de oferta”, apontou hoje, em comunicado, o analista Fawad Razaqzada, da Forex.
“Até que não surja uma recuperação mais equilibrada da procura ou uma oferta mais ajustada, o crude pode ter dificuldade para sair da atual tendência de baixa”, avisou, quando a queda acumulada no ano em curso situa-se entre 20% e 25%.
Lusa