A governadora de Cunene, Gerdina Didalelwa, reuniu-se com empresários locais para discutir questões relacionadas com as ações da Administração Geral Tributária (AGT), que resultaram na penhora de contas de várias empresas devido ao incumprimento no pagamento de impostos.
Durante o encontro, os empresários destacaram as dificuldades enfrentadas pelo setor privado, agravadas pela crise económica que atinge o país. Muitos apelaram por um alívio fiscal ou até mesmo um perdão de dívidas tributárias como forma de garantir a sobrevivência das empresas.
“Estamos mal. As empresas estão praticamente fechadas. Precisamos mesmo de um perdão fiscal para que possamos levantar o setor empresarial”, afirmou o empresário Francisco Abílio Lumbamba, sublinhando a difícil situação financeira enfrentada pelos agentes económicos.
Por outro lado, a governadora reconheceu as preocupações, mas foi enfática ao reforçar que o pagamento de impostos é um dever patriótico e essencial para a formulação de políticas públicas. “Temos que ser sérios. Onde estamos fracos, reconheçamos. Onde temos razão, defendamos, mas onde temos culpa, assumamos. O sistema rigoroso da AGT foi montado porque, se não fosse assim, ninguém pagaria impostos neste país”, destacou Gerdina Didalelwa.
Ela também incentivou os empresários a revisarem os seus processos e apresentarem qualquer contestação junto às autoridades competentes. “Se acharem que estão a ser prejudicados, levem os processos para análise. Mas é preciso fazer um exame de consciência, pois muitas vezes as irregularidades vêm de anos anteriores”, alertou.
O encontro reforçou a necessidade de diálogo entre o governo e o setor privado para encontrar soluções que equilibrem o cumprimento das obrigações fiscais e a recuperação económica das empresas, especialmente em um contexto de crise.