O empresário Elon Musk, nomeado para gerir um departamento para aconselhar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou, de forma irónica, as afirmações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre as opções de negociação com a Rússia.
O bilionário, dono da Tesla e Space X, respondeu na também sua rede social X a uma notícia sobre as afirmações de Zelensky, no sábado, tendo o presidente da Ucrânia dito que os EUA não podem forçar a nação a “sentar e ouvir” nas negociações. Sublinhou ainda: “somos um país independente”.
“O seu sentido de humor é maravilhoso”, respondeu Musk com um ‘emoticon’ de riso e uma hiperligação para uma notícia da BBC de 2021 que referia que Zelensky era um comediante antes de entrar para a política.
“Do nosso lado, temos de fazer tudo o que for possível para acabar com a guerra no próximo ano. Através dos canais diplomáticos. É muito importante”, disse Zelensky, numa entrevista à Rádio Ucraniana no sábado, citada pela Europa Press.
Referiu ainda que o presidente russo Vladimir Putin “não quer negociar”. “Ele gostaria de aceitar condições de capitulação da nossa parte, mas ninguém lhe vai dar isso”, sublinhou.
O líder ucraniano também reconheceu as mudanças que a ascensão de Donald Trump à presidência dos EUA trará e a pressão que provavelmente exercerá sobre Kiev para fazer progressos.
No entanto, Zelensky sublinhou que vai esperar por informações mais detalhadas sobre a perspetiva de Trump num futuro encontro com ele que já está a ser preparado.
“Penso que a guerra vai acabar. Não em abstrato. Não há uma data concreta, mas com as políticas da equipa que vai dirigir a Casa Branca, a guerra vai acabar mais cedo. É essa a sua abordagem, uma promessa à sua sociedade. Não podemos permitir que nos pressionem, que nos ocupem, que mostrem fraqueza”, acrescentou.
“A Ucrânia não vai ficar sozinha com a Federação Russa. O que é que se pode negociar com o assassino? Não há nada a fazer em negociações numa posição de fraqueza”, defendeu.
Elon Musk irá liderar, em conjunto com o empresário Vivek Ramaswamy o futuro Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla inglesa), que visa conseguir cortes drásticos nos gastos públicos do Governo federal.
Lusa