Cuanza Norte – O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou nesta terça-feira, 12 de novembro, o Hospital Geral do Cuanza Norte Mário Pinto de Andrade. Após o corte simbólico da fita e uma visita detalhada às dependências do hospital, o Presidente concedeu declarações à imprensa, abordando temas de infraestrutura, estratégia de saúde e homenagens a figuras históricas de Angola.
Em resposta à Rádio Nacional de Angola (RNA), Lourenço indicou medidas para facilitar o acesso ao hospital, que fica próximo à Estrada Nacional 230. “Constrangimentos podem ser resolvidos desviando a estrada alguns metros e, muito provavelmente, fazendo uma rotunda para facilitar o acesso”, explicou, ressaltando a necessidade de evitar acidentes e o ruído do tráfego próximo à unidade de saúde.
Sobre o impacto das novas infraestruturas na saúde nacional, o Presidente reconheceu que, embora o objectivo de reduzir a necessidade de tratamento no exterior ainda não tenha sido atingido, está a ser progressivamente alcançado. “Estamos a inaugurar uma média de quatro a cinco unidades hospitalares por ano. Para o próximo ano, pretendemos duplicar esse número, visando uma cobertura nacional satisfatória”, afirmou.
Questionado pela Rede Girassol sobre áreas que ainda preocupam, o Presidente destacou a oncologia e a produção de medicamentos. Explicou que a construção de uma nova unidade oncológica em Luanda está em andamento, com previsão de conclusão até 2026, e sublinhou a importância de investir na formação de pessoal especializado. Além disso, incentivou o investimento privado na fabricação de medicamentos e vacinas, assegurando que o Estado angolano será o principal cliente, reduzindo a dependência das importações.
Ao ser perguntado pela agência ANGOP sobre a escolha do nome do hospital, Lourenço explicou que figuras patrióticas, como Mário Pinto de Andrade, são homenageadas por seus serviços ao país em momentos críticos. Esta inauguração, segundo ele, marca o início das celebrações dos 50 anos da Independência de Angola, que se estendem até dezembro de 2025, destacando o compromisso do governo em honrar aqueles que contribuíram para a liberdade e soberania angolana.