Benguela – Com um prazo de conclusão de 18 meses, a nova unidade fabril, liderada pelo Grupo Adérito Areias e financiada pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) com 25 milhões de euros, promete tornar o país autossuficiente em produtos químicos essenciais, como soda cáustica, hipoclorito de sódio (lixívia) e ácido clorídrico. Esses compostos são amplamente utilizados na produção de sabão, detergentes, papel e no tratamento de água.
A fábrica, que produzirá cerca de 100 toneladas diárias desses produtos, representa um marco para Benguela como parque industrial e contribuirá para a competitividade da indústria angolana. A operação reduzirá os custos e a dependência de importações, fomentando o desenvolvimento da economia local e nacional.
Carlos Cunha, presidente do grupo técnico empresarial, destacou o papel da diplomacia do presidente João Lourenço em assegurar o financiamento para projetos industriais como este, especialmente após negociações bem-sucedidas na Alemanha. Cunha também reconheceu a importância do compromisso dos empresários em superar os obstáculos burocráticos para que o projeto se concretizasse.
O governador de Benguela, Manuel Nunes Júnior, garantiu apoio aos investidores interessados em desenvolver projetos empresariais na província, enfatizando que tais iniciativas são cruciais para a criação de riqueza, aumento de empregos e fortalecimento da economia local. Segundo ele, “a província de Benguela possui um grande potencial econômico, e nosso dever é transformar essas potencialidades em investimentos concretos que beneficiem a população”.
Com o sal como matéria-prima essencial para a produção dos produtos químicos, a localização da fábrica próxima a uma salina representa um ponto estratégico para reduzir custos de transporte e otimizar a produção. Após uma visita ao projeto salineiro, Manuel Nunes Júnior lançou a primeira pedra da obra, marcando o início desta importante empreitada industrial.