Pelo menos 93 pessoas morreram hoje na sequência de um bombardeamento a um edifício residencial em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, de acordo com o novo balanço da defesa civil do enclave palestiniano.
“O número de mártires do massacre da residência familiar de Abounasr, em Beit Lahia, é de 93 e cerca de 40 pessoas ainda estão desaparecidas sob os escombros”, declarou Mahmoud Bassal, porta-voz da defesa civil de Gaza, ao divulgar o mais recente balanço de mortos.
As autoridades palestinianas indicaram anteriormente que 77 pessoas, incluindo 17 crianças, haviam morrido neste bombardeamento israelita.
De acordo com as autoridades sanitárias do enclave palestiniano controladas pelo Hamas, o prédio de cinco andares atingido pelo bombardeamento albergava “centenas de civis deslocados”.
Portais de notícias palestinianos informaram que um outro ataque aéreo atingiu igualmente as imediações do hospital Kamal Adwan, também em Beit Lahia.
O exército de Israel ainda não se pronunciou sobre o ataque contra o prédio de Beit Lahia.
Israel tem mantido um cerco militar no norte de Gaza, combinando uma intensa campanha de bombardeamentos com uma incursão terrestre, que já matou mais de mil pessoas, nos últimos dias, de acordo com o Hamas.
Durante a noite, dois outros ataques contra casas em Beit Lahia mataram pelo menos sete pessoas, informou a Wafa, acrescentando que o exército tinha incendiado – sem especificar se foram tropas ou um projétil – a escola Al-Fajoura, ligada à agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA).
“Na zona de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, as tropas terrestres, em cooperação com a força aérea, eliminaram cerca de 40 elementos armados em ataques terrestres e aéreos”, referiu esta manhã um comunicado militar sobre as suas atividades no norte, sem mencionar o ataque contra Beit Lahia.
Desde o início da guerra, a 07 de outubro de 2023, mais de 43 mil palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza – na maioria mulheres e crianças – e 101.110 ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde do enclave governado pelo Hamas.
Lusa