A segurança na informação, classificação e certificação das reservas minerais tornaram-se preocupações centrais do setor mineiro em Angola, elementos fundamentais para atrair investidores, que exigem dados confiáveis e transparência no setor. Durante um workshop esta segunda-feira, em Luanda, foi destacada a importância de incluir técnicos angolanos e instituições como o Comitê de Certificação e Classificação de Recursos (CCO) para assegurar altos padrões na avaliação dos recursos minerais do país.
Ganga Júnior, presidente da Endiama-E.P., sublinhou que a adesão às melhores práticas internacionais e o cumprimento rigoroso das etapas de exploração mineral são essenciais para o crescimento sustentável do setor. Ele alertou sobre o perigo da “queima de etapas” na mineração, mencionando que investidores, por vezes, tentam acelerar o processo sem a devida análise e classificação dos depósitos minerais.
Além disso, foi abordada a queda dos preços dos diamantes nos mercados internacionais, com reduções entre 30% e 40%. O projeto diamantífero de Luele, que completará um ano de existência em breve, prevê produzir 6 milhões de quilates até o final de 2024, apesar dos desafios enfrentados. O projeto tem uma previsão de exploração de 60 anos, numa mina com reservas estimadas em 628 milhões de quilates.
Este workshop é parte da preparação para a Conferência Internacional de Diamantes (AIDC-2024), que acontecerá ainda este mês em Angola, destacando a importância de segurança e transparência no setor para o seu contínuo crescimento e competitividade global.