Durante a inauguração do Hospital Geral Raúl Díaz Argüelles, no Sumbe, o Presidente da República sublinhou a necessidade de continuar investindo tanto na construção de infraestruturas de saúde, como na formação de profissionais qualificados. Ele destacou que, para promover a saúde pública em Angola, é fundamental que as unidades hospitalares, especialmente as de nível terciário, estejam bem equipadas e sejam geridas por profissionais capacitados, capazes de maximizar o uso desses equipamentos.
“Não basta construir infraestruturas e comprar equipamentos de ponta. Precisamos garantir que os nossos profissionais de saúde sejam devidamente formados para que consigam tirar o maior rendimento possível desses equipamentos”, frisou o Presidente. Além disso, o chefe de Estado reforçou a importância do investimento contínuo em infraestruturas hospitalares nos três níveis de atendimento (primário, secundário e terciário), que têm sido desenvolvidas paralelamente ao programa de formação e especialização de quadros.
Outro ponto abordado foi a necessidade de melhorar o saneamento básico das cidades. Segundo o Presidente, a prevenção de doenças passa por evitar a acumulação de lixo e águas paradas, principais focos de proliferação de mosquitos e outros vetores que prejudicam a saúde pública. “Se mantivermos as nossas cidades limpas, estaremos a contribuir significativamente para a saúde dos angolanos, evitando que muitas doenças surjam e reduzindo a pressão sobre os hospitais”, afirmou.
Homenagem ao Comandante Raúl Díaz Argüelles
O Presidente aproveitou a ocasião para explicar a escolha do nome do Comandante Raúl Díaz Argüelles para o hospital recém-inaugurado. O líder cubano foi destacado pela sua participação na Batalha do Ebo, em 1975, onde liderou as forças cubanas ao lado dos angolanos contra o exército sul-africano do regime de apartheid, em um momento crucial para a preservação da independência de Angola.
De acordo com o Presidente, tanto a Batalha do Kifangondo, que antecedeu a proclamação da independência em 11 de novembro de 1975, quanto a Batalha do Ebo, que ocorreu um mês depois, foram decisivas para garantir a soberania do país. “Se não tivéssemos vencido essas batalhas, a independência de Angola estaria em risco, ou, no mínimo, teria sido adiada por muito mais tempo”, destacou.
Ao nomear o hospital em homenagem a Raúl Díaz Argüelles, o Presidente disse que o objetivo foi reconhecer não apenas o comandante, mas todos os combatentes cubanos que sacrificaram suas vidas pela causa angolana, ajudando a garantir a independência e soberania nacional.
