O Conselho Económico e Social de Angola realizou, esta quinta-feira (17), a sua terceira sessão plenária, sob a coordenação de Octávio Serra Van-Dúnem. Durante o encontro, os 45 membros do órgão consultivo discutiram estratégias para resolver problemas habitacionais que afetam particularmente os jovens. O lema “Quem casa, quer casa” foi amplamente debatido, com propostas que destacaram a importância da autoconstrução dirigida e o envolvimento do setor privado na construção e comercialização de habitações.
O Conselho enfatizou a necessidade de o Estado garantir o regulamento e a propriedade, deixando espaço para o setor privado atuar na criação de infraestruturas e no financiamento de projetos habitacionais. As cooperativas e fundos privados foram apontados como atores importantes neste processo, sendo incentivados a trabalhar em parceria com o governo.
Outro tema abordado foi a preservação do património linguístico angolano. Os membros do Conselho salientaram a importância de promover a conservação das línguas nacionais, principalmente entre as novas gerações, e ressaltaram o impacto positivo disso na educação e na cultura do país.
A reconversão da economia informal também esteve em pauta. O Conselho defendeu que este processo não deve ser coercivo, mas sim educativo, com foco na conscientização dos trabalhadores informais sobre os benefícios da formalização. A proposta é apoiar esses trabalhadores com ferramentas eletrónicas e financeiras que permitam o crescimento de seus negócios, para que, quando sentirem a necessidade de expandir, possam formalizar-se de forma natural e vantajosa.
O Conselho Económico e Social continua a desempenhar um papel crucial na formulação de políticas que impactam a economia, o setor empresarial e as questões sociais em Angola.
