Os preços do petróleo subiram esta quinta-feira (10), impulsionados pelo receio dos investidores de uma possível retaliação de Israel contra instalações petrolíferas no Irão, ao mesmo tempo que avaliavam o impacto do furacão Milton nos Estados Unidos.
O barril de petróleo Brent, de referência para exportações angolanas, negociado em Londres para entrega em dezembro, registou um aumento de 3,68%, alcançando os 79,40 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano com vencimento em novembro, subiu 3,56%, chegando a 75,85 dólares.
“Alguns analistas acreditam que Israel está se aproximando de algum tipo de ataque em resposta aos lançamentos de mísseis iranianos […] e há uma forte possibilidade de que as instalações petrolíferas iranianas estejam no alvo”, explicou Stewart Glickman, analista da CFRA.
Os mercados “decidiram hoje que as probabilidades eram maiores, por isso os preços do petróleo também subiram”, acrescentou.
Em 1º de outubro, o Irão lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, como resposta ao assassinato do líder do movimento palestino Hamas em Teerão, do líder do Hezbollah libanês e de um general da Guarda Revolucionária Islâmica Iraniana (IRGC, na sigla em inglês) num ataque israelense perto de Beirute.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu na quarta-feira que a resposta de Israel ao ataque de mísseis iranianos será “letal, precisa e surpreendente”.
Além disso, os investidores começaram a avaliar o impacto do furacão Milton, de categoria 3 numa escala de 5, que atingiu a costa do estado da Flórida na noite de quarta-feira, causando tornados, inundações e danos consideráveis.
Na manhã desta quinta-feira, mais de 3 milhões de famílias estavam sem eletricidade. Os cortes de energia afetaram “alguns postos de combustível”, levando a crer que Milton reduzirá “temporariamente” a procura por gasolina, conforme apontado por Glickman.
AFP