Domingo, 8 de Dezembro, 2024

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Petróleo Brent inverte tendência e cai cerca de 2%

Os preços do petróleo interromperam a tendência de alta e caíram cerca de 2% devido à deceção dos investidores com a falta de estímulos adicionais na China.

Petróleo Brent inverte tendência e cai cerca de 2%

Os analistas esperavam que a Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NDRC), o principal órgão de planeamento da China, apresentasse hoje novas medidas de estímulo, mas isso não aconteceu.

Às 11:10 em Luanda, o Brent, o petróleo de referência para exportações angolanas, caía 1,93%, para 79,37 dólares por barril.

O Brent subiu durante cinco sessões consecutivas, designadamente 3,69% na segunda-feira, com o aumento das tensões no Médio Oriente e fechou a 80,93 dólares na segunda-feira.

O West Texas Intermediate (WTI) desceu 1,97% antes da abertura formal do mercado e está a ser negociado a cerca de 74,96 dólares por barril, depois de ter terminado a 76,47 dólares na segunda-feira.

O ‘briefing’ da NDRC “não agradou aos investidores”, afirmou Arne Lohmann Rasmussen, diretor de investigação da A/S Global Risk Management, num comentário da Bloomberg.

“A China está intimamente ligada à procura de matérias-primas, pelo que a desilusão se refletiu imediatamente nos preços do petróleo”, afirma.

“A conferência de imprensa realizada pela NDRC não contou com a presença de funcionários do Ministério das Finanças. Por conseguinte, o evento centrou-se principalmente na articulação da orientação política geral do trabalho económico do Governo, em vez de números específicos e detalhes de políticas fiscais individuais”, explicam num comentário Sophie Altermatt e Richard Tang, do banco privado suíço Julius Baer, num comentário.

Na sua opinião, “a única novidade é o plano de antecipação de 100.000 milhões de yuans em projetos estratégicos e de segurança nacional e de 100.000 milhões de yuans em investimentos orçamentais inicialmente previstos para 2025”.

“A queda da bolsa de Hong Kong sugere que os investidores vão provavelmente ficar desapontados”, sublinham os especialistas do Julius Baer.

A bolsa de Hong Kong fechou hoje em baixa, a cair 9,41%.

Em contrapartida, Xangai subiu 4,59% e Shenzhen 9,17%, impulsionadas pelas medidas de estímulo que a China tinha anunciado na semana passada e que estas duas bolsas não tinham podido retomar por terem permanecido fechadas durante as férias bancárias na semana passada.

Lusa

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