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Juro de referência para crédito em Moçambique com sétimo corte do ano em outubro

A taxa de juro de referência para o crédito em Moçambique desce em outubro 0,7 pontos percentuais, para 20,5%, o sétimo corte mensal de 2024, divulgou hoje a Associação Moçambicana de Bancos (AMB).

Juro de referência para crédito em Moçambique com sétimo corte do ano em outubro

Desde 2018 que a taxa, conhecida como ‘prime rate’, estava em queda, até ao mínimo de 15,5% em fevereiro de 2021, quando a tendência se inverteu e a taxa começou a subir até atingir 24,1% em julho de 2023.

A taxa regressou aos valores de abril de 2023 (23,5%) em janeiro de 2024, após seis meses consecutivos em máximos de 24,1%. Desceu, depois, em março para 23,1%, em abril para 22,7%, em maio para 22,3%, em junho para 22%, em julho para 21,2%, valor que se manteve em agosto e setembro, descendo em outubro para 20,5%.

As oscilações da ‘prime rate’ estão associadas à taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da ‘prime rate’) pelo banco central, por forma a controlar a inflação.

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu na segunda-feira voltar a descer a taxa de juro de política monetária, designada por MIMO, de 14,25%, em vigor desde março, para 13,50%.

“Esta decisão é sustentada pela contínua consolidação das perspetivas de manutenção das perspetivas de inflação em um dígito, no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e incertezas associados às projeções da inflação mantém-se favorável”, justificou, em comunicado, o Banco de Moçambique, após a reunião do CPMO, que se realiza a cada dois meses.

A criação da ‘prime rate’ foi acordada em 2017 entre o banco central e a AMB para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro.

Na altura, foi lançada com um valor de 27,75%.

O objetivo é que todas as operações de crédito sejam baseadas numa taxa única, “acrescida de uma margem (‘spread’), que será adicionada ou subtraída à ‘prime rate’ mediante a análise de risco” de cada contrato, explicaram os promotores.

Lusa

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