Quinta-feira, 10 de Outubro, 2024

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CNE moçambicana garante que dados estão “em segurança” após ataque às páginas

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique garantiu hoje que o ataque cibernético às suas páginas não comprometeu os dados da instituição, que estão “em segurança”, disse hoje o órgão.

CNE moçambicana garante que dados estão "em segurança" após ataque às páginas

“Queríamos aproveitar este momento para informar, com profunda tristeza, que no sábado passado notámos que as páginas ‘web’ da CNE foram alvo de um ataque cibernético por pessoas mal-intencionadas”, afirmou o porta-voz daquele órgão eleitoral, Paulo Cuinica.

Cuinica falava durante uma conferência de imprensa sobre o ponto de situação da preparação das eleições gerais de 09 de outubro, cuja campanha eleitoral termina no próximo domingo, tendo admitido que “as consequências do ataque ainda estão por apurar”.

“Os órgãos eleitorais já recuperaram o controlo, estamos neste momento a trabalhar para fortalecer os mecanismos de segurança, de modo a evitar outras invasões”, declarou o porta-voz da CNE.

Paulo Cuinica avançou que os autores do ataque tentaram criar um ‘link’ usando os símbolos dos órgãos eleitorais, quando o ciberataque foi abortado, para poderem passar informações maliciosas.

“Tanto o ‘site’ dos órgãos eleitorais como a informação lá contida estão em segurança e conseguimos eliminar o ‘link’ criado pelos malfeitores”, adiantou Cuinica.

Moçambique realiza em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições.

Concorrem à Presidência da República Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido mais representado no parlamento, e Venâncio Mondlane, ex-membro e ex-deputado da Renamo, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), movimento sem representação parlamentar.

Lusa

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