Um homem, identificado como Vitorino Panguila, está sendo acusado de se passar por taxista com o objetivo de roubar seus clientes, principalmente mulheres, nas ruas de Luanda. O esquema consistia em ganhar a confiança das vítimas ao oferecer-lhes boleias e, posteriormente, levá-las para áreas isoladas, onde realizava os assaltos.
Uma das vítimas, uma jovem universitária, relatou que foi abordada por Panguila, que lhe ofereceu boleia até a universidade. O acusado aparentava ser simpático e confiável, chegando a trocar números de telefone com a vítima. No dia seguinte, ele ofereceu-se para buscá-la no trabalho, mas a jovem recusou. No entanto, dias depois, ele conseguiu convencê-la a aceitar mais uma boleia. Dessa vez, Panguila alegou que precisava pegar uma encomenda no bairro Patriota, e, ao desviar para uma zona rural isolada, anunciou o assalto, apontando uma arma para a cabeça da vítima e agredindo-a.
Outra vítima, que preferiu não ser identificada, também foi abordada por Panguila enquanto solicitava um serviço de táxi. Ela contou que, ao aceitar a corrida, o acusado desviou o trajeto para uma área deserta, trancou as portas do carro e anunciou o assalto, exigindo o código do seu telemóvel.
As autoridades, através dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) do município de Talatona, conseguiram localizar e prender o acusado após uma série de investigações. Durante a detenção, foram encontrados em sua posse diversos pertences roubados, incluindo telemóveis e chaves de veículos.
A polícia alerta a população sobre o aumento de assaltos nessa modalidade, especialmente em zonas isoladas, como o bairro Onga. Os moradores dessa área relatam que os assaltos são constantes, especialmente durante a noite e nas primeiras horas da manhã, e pedem por mais segurança.
Este caso chama a atenção para a importância de precauções ao aceitar boleias de desconhecidos, e as autoridades reforçam o apelo para que as vítimas de crimes denunciem as ocorrências o mais rápido possível.