A sinistralidade rodoviária na província do Cuanza Norte permanece uma preocupação central para as autoridades locais, com números alarmantes de acidentes e vítimas mortais. Até o dia 22 de setembro de 2024, a província registou 73 mortes resultantes de 247 acidentes de viação. O impacto financeiro também é significativo, com danos materiais estimados em cerca de 390 milhões de kwanzas.
As tipologias de acidentes mais comuns na região incluem colisões, capotamentos e despistes, com a estrada sendo palco de tragédias quase diárias. Um dos casos mais recentes envolveu um caminhão proveniente de Luanda, que colidiu com uma motocicleta, resultando na morte de uma senhora atropelada.
As principais causas apontadas para este elevado número de acidentes incluem o excesso de velocidade. Segundo as autoridades, a gravidade das consequências é diretamente proporcional à velocidade dos veículos envolvidos. Este fator foi um dos principais temas de uma reunião convocada pelo governo local, com o objetivo de refletir sobre estratégias eficazes para salvar vidas. A mensagem das autoridades é clara: “Queremos que haja mais vida do que mortes”, apelando à colaboração de toda a sociedade para reduzir a sinistralidade.
Durante o encontro, foram discutidas várias estratégias para mitigar os acidentes, incluindo o reforço da fiscalização das condições técnicas dos veículos. A Polícia Nacional foi instada a intensificar as inspeções, assegurando que os veículos em circulação estejam em conformidade com as normas de segurança rodoviária.
Além disso, foram debatidos o papel da comunicação social na sensibilização da população, a importância do cumprimento dos sinais de trânsito e a identificação das vias mais perigosas da província. A estrada de N’dalatando, um dos troços mais sinuosos da região, continua a ser palco de inúmeros acidentes. De acordo com as autoridades policiais, entre quatro a seis acidentes são registados semanalmente, com motociclos sendo frequentemente envolvidos.
As autoridades estão a reforçar o apelo à população e aos condutores para que adotem comportamentos responsáveis, com a esperança de que, através da sensibilização contínua e da aplicação de medidas rigorosas, seja possível reduzir o número de mortes e feridos nas estradas do Cuanza Norte.