O Irão negou hoje que tenha tentado assassinar antigos altos funcionários norte-americanos, um dia depois de o antigo Presidente Donald Trump ter sugerido que Teerão estaria envolvido em duas tentativas de homicídio contra si.
“É claro que tais alegações são apenas parte da atmosfera eleitoral nos EUA e são feitas com objetivos políticos específicos”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kananí, em comunicado.
O porta-voz classificou as acusações dos EUA como “ridículas e completamente infundadas”.
Na quarta-feira, Trump denunciou que o Irão pode estar por trás das duas tentativas de assassinato que sofreu nos últimos meses, sem apresentar provas dessa suspeita.
“Como sabem, sofri duas tentativas de assassinato. Podem ou não estar relacionados com o Irão, mas é possível que estejam”, disse o também candidato republicano às eleições presidenciais de novembro próximo, durante um comício na Carolina do Norte.
Em 13 de julho, um homem alvejou Trump com uma espingarda de assalto num comício em Butler, Pensilvânia, ferindo-o na orelha.
Dois meses depois, em 15 de setembro, outro homem armado foi detido perto de um campo de golfe em West Palm Beach, estado da Florida, onde Trump se encontrava, e as autoridades encontraram uma carta que detalhava planos para o matar.
Recentemente, o FBI reportou ataques informáticos de ‘hackers’ iranianos contra a candidatura presidencial republicana, mas não detetou provas de que exista uma relação entre o Irão e as duas tentativas de assassinato contra o ex-Presidente.
O Irão tem negado repetidamente que tenha intervindo em atividades cibernéticas nas eleições nos EUA, procurando interferir no seu resultado.
Lusa