A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, graças em particular às medidas de relançamento da economia chinesa, com os índices Dow Jones e S&P500 a renovarem os recordes estabelecidos na véspera.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,20%, o S&P500 progrediu 0,25%o tecnológico Nasdaq ganhou 0,56%.
O de hoje foi o 41.º máximo histórico estabelecido pelo S&P500 desde o início do ano.
A série mais longa de recordes data de 1994, com 77.
No início da sessão, Wall Street demonstrou alguma volatilidade, ao abrir em terno positivo antes de perder os ganhos conseguidos e regressar a terreno positivo no final da manhã.
Para Patrick O’Hare, da Briefing.com, foi o conglomerado dos semicondutores Nvidia (+3,97%) que desempatou os debates, ao dar uma aceleração súbita na valorização para não mais inverter o rumo.
Por outro lado, “a atração pelas compras baratas continua bem presente e quando a Nvidia recuperou, isso deu um estímulo a todo o mercado”, desenvolveu.
“O élan não foi enorme, mas bastou para desencorajar qualquer movimento de venda”, disse ainda O’Hare.
A Nvidia arrastou consigo os seus grandes concorrentes Broadcom (+1,10%), AMD (+1,00%) e Intel (+1,11%).
O arrefecimento bolsista anterior resultou da publicação de dois indicadores da economia dos EUA.
O inquérito mensal da associação Conference Board divulgou uma baixa do índice de confiança dos consumidores, para 98,7 pontos em setembro, depois dos 105,6 do mês anterior e aquém dos 103,8 esperados.
Por outro lado, este inquérito evidenciou uma subida das preocupações com o emprego.
Para Carl Weinberg, da High Frequency Economics, “isto valida a decisão da Fed [Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA] de descer a sua taxa de juro de referência em meio ponto percentual e envia aos mercados financeiros uma mensagem de aviso quanto ao estado da economia” norte-americana.
Sentimento este reforçado pelo índice de atividade industrial da região de Richmond, no Estado da Virgínia, que baixou para o nível mais baixo desde o início da epidemia do novo coronavírus.
Para superar estes números preocupantes, a praça bolsista capitalizou, além das compras de títulos considerados baratos, o conjunto de medidas anunciadas pelo banco central chinês [PBoC, na sigla em Inglês] para relançar uma economia que não tem maneira de recuperar da pandemia do novo coronavírus.
O PBoC contempla uma baixa de uma das suas principais taxas de juro, uma redução das exigências relativas às reservas dos bancos, bem como instruções aos estabelecimentos financeiros para que diminuam o custo dos créditos imobiliários.
O banco central vai ainda criar um fundo de estabilização dos mercados financeiros, dotado de 500 mil milhões de yuans [cerca de 71 mil milhões de dólares].
Lusa