Sábado, 5 de Outubro, 2024

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Petróleo impulsiona exportações, mas desafios persistem na balança de pagamentos

O petróleo continua a ditar o ritmo da economia angolana

O primeiro semestre de 2024 apresentou um cenário misto para a economia angolana, com o petróleo continuando a desempenhar um papel central. Apesar da moderada arrecadação das receitas de exportação, impulsionada pela queda dos preços do petróleo, a balança de pagamentos manteve-se positiva, sustentada pela redução das importações. Esses dados constam do relatório do BNA sobre a “Evolução do Mercado Cambial” relativo ao primeiro semestre de 2024, divulgado na quarta-feira (18).

Petróleo impulsiona exportações, mas desafios persistem na balança de pagamentos

Os dados preliminares revelam que as exportações de bens diminuíram 8,6% em relação ao segundo semestre de 2023, com destaque para a queda de 7% nas exportações de petróleo bruto. No entanto, em termos homólogos, as exportações registaram um aumento de 7%, reflexo da valorização do preço do petróleo em relação ao mesmo período do ano anterior.

A contração do preço das ramas angolanas em 2,3% no primeiro semestre, comparativamente ao segundo semestre de 2023, influenciou negativamente as receitas de exportação. No entanto, o aumento homólogo de 7% no preço do barril contribuiu para um saldo positivo na balança comercial.

Apesar da ligeira queda nas exportações, a balança de pagamentos manteve-se superavitária, beneficiando da redução das importações em 11,7% no período em análise. Este desempenho positivo contribuiu para fortalecer as reservas internacionais, que se situaram em 14 450,7 milhões de dólares no final do primeiro semestre, o equivalente a 7,2 meses de importações de bens e serviços.

Desafios e perspectivas:

A dependência da economia angolana do petróleo continua a ser um desafio, tornando-a vulnerável às flutuações dos preços internacionais. A necessidade de diversificar a economia e reduzir a dependência das receitas petrolíferas é cada vez mais urgente.

A estabilidade cambial, embora tenha sido observada nos primeiros meses do ano, sofreu alguma pressão a partir de maio, com a depreciação da moeda nacional em relação ao dólar. A manutenção de uma taxa de câmbio competitiva é fundamental para estimular as exportações e atrair investimentos estrangeiros.

Em suma, o primeiro semestre de 2024 apresentou um cenário misto para a economia angolana. O petróleo continua a ser o principal motor da economia, mas os desafios relacionados à diversificação económica e à estabilidade macroeconómica persistem.

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