O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, alertou esta sexta-feira, em Cabinda, para a gravidade do contrabando de combustível, que considera uma ameaça à segurança nacional, segundo noticiou Angop.
Durante uma reunião com o governo provincial de Cabinda e empresas petrolíferas, Furtado destacou que o governo central está a tomar medidas enérgicas para combater este crime que prejudica a economia do país.
Além do contrabando de combustível, o encontro abordou outras questões de segurança que afetam a província, como o garimpo ilegal, a imigração ilegal e a segurança nas plataformas petrolíferas. O ministro expressou preocupação com a crescente presença de embarcações não autorizadas nas proximidades das plataformas, o que representa um risco para a segurança das operações.
Em relação à situação político-militar, Furtado considerou a província de Cabinda relativamente calma, apesar de alguns incidentes registados na fronteira com a República Democrática do Congo (RDC). No entanto, destacou os progressos alcançados nos últimos tempos graças à cooperação entre os serviços de segurança dos dois países.
Recentemente, durante uma visita à província do Zaire, Francisco Furtado denunciou a existência oficiais generais, comissários e outros altos dirigentes provinciais e municipais envolvidos no contrabando de combustível. Ontem, o secretário de Estado do Interior e porta-voz da Comissão Multissectorial para Acompanhamento e Implementação da Lei sobre o Combate ao Tráfico dos Produtos Derivados do Petróleo, José da Cunha, disse que estão a investigar alguns nomes envolvidos no tráfico de combustível.
“A nível do país, há um processo em curso para se apurar o nível de implicação que algumas pessoas têm no contrabando de combustíveis, para que sejam responsabilizados de acordo com a Lei”, disse José Cunha, citado pelo Jornal de Angola.