O Presidente da Guiné-Bissau afastou hoje uma recandidatura a um segundo mandato presidencial, mas advertiu que não será “substituído nem por Nuno Nabiam, nem por Braima Camará, nem por Domingos Simões Pereira”.
“É uma decisao tomada ouvindo a opinião da minha mulher, que é a minha primeira família”, declarou Umaro Sissoco Embaló à saida da reunião do Conselho de ministros por si presidida.
Nuno Nabiam, ex-primeiro ministro, é o coordenador do Fórum da Salvação da Democracia (FSD), uma plataforma criada entre o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) e a Aliança Kumba Lanta, integrada pelo Partido da Renovação Social (PRS) e pela Assembleia do Povo Unido — Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
Braima Camará lidera o Madem G-15, fundado com Embaló, havendo uma outra ala, liderada por Satu Camará, considerada fiel ao Presidente da Guiné-Bissau.
Domingos Simões Pereira preside ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e presidia ao parlamento guineense dissolvido em dezembro pelo Presidente, num processo controverso por ter acontecido antes de decorridos 12 meses após as eleições legislativas, o que contraria a Constituição.
O mandato de Sissoco Embaló termina em fevereiro de 2025, mas o Presidente anunciou para o final desse ano as eleições presidenciais, o que mereceu a crítica generalizada da oposição.
Lusa