A Liga Francesa de Futebol (LFP) propôs a Kylian Mbappé e ao Paris Saint-Germain uma mediação para resolverem seu litígio financeiro, no qual o jogador pede 55 milhões de euros em salários e bônus não pagos, anunciou o clube nesta quarta-feira (11).
Os advogados das duas partes se reuniram nesta manhã a convite da comissão jurídica da LFP, à qual Mbappé recorreu.
O PSG expressou “alegria” pela proposta de mediação, algo que o clube “queria há muitos meses”.
Contatado pela AFP, o entorno de Kylian Mbappé não deu retorno até o momento.
No início do ano, antes de o atacante anunciar sua intenção de deixar o PSG, ambas as partes afirmaram que Mbappé tinha aberto mão de uma parte de seus bônus num acordo feito com a diretoria parisiense em agosto de 2023, depois que ele foi afastado da equipa por um mês.
O próprio jogador declarou à imprensa no dia 3 de janeiro: “Com o acordo alcançado com o presidente, pouco importa minha decisão, conseguimos proteger ambas as partes, preservar a tranquilidade do clube para os desafios que estão por vir, o que é o mais importante”.
Mas essa “tranquilidade” logo deu lugar a trocas de e-mails entre os advogados do jogador e do clube, nos últimos meses, alguns dos quais a AFP teve acesso.
Kylian Mbappé pede o pagamento de 55 milhões de euros que correspondem ao último terço das luvas por sua última renovação, que o jogador deveria ter recebido em fevereiro, os três últimos meses de salários previstos no seu contrato (abril, maio e junho), bem como um “bônus ético” sobre esses três meses.
Segundo o PSG, essa exigência surgiu depois que o próprio jogador não respeitou o acordo alcançado em agosto de 2023. O entorno de Mbappé, por sua vez, considera, segundo o jornal L’Équipe, que esse acordo não tem validade porque não foi assinado.
O clube parisiense afirma que o acordo verbal foi selado diante de várias testemunhas e que as declarações feitas por Mbappé em 3 de janeiro conferem seu valor jurídico.
AFP