Domingo, 22 de Dezembro, 2024

O seu direito à informação, sem compromissos

Search
Close this search box.

Pesquisar

Xi Jinping recebe líderes africanos para falar sobre cooperação

O presidente da China, Xi Jinping, recebe nesta quarta-feira (4) mais de 20 governantes de países africanos, na maior reunião de cúpula em vários anos em Pequim, onde devem abordar a cooperação em infraestrutura, energia e educação.

O encontro começa nesta quarta-feira com um jantar e prosseguirá na quinta-feira com um discurso de Xi e os debates.

A China, segunda maior economia do mundo, é o principal parceiro comercial da África e busca acesso aos grandes recursos naturais do continente, como ouro, cobre, lítio e terras-raras.

Também concedeu aos países africanos bilhões de dólares em empréstimos que ajudaram a construir infraestruturas, mas que também provocaram polêmica devido ao endividamento provocado.

Segundo uma contagem da AFP, 25 governantes chegaram a Pequim ou confirmaram participação no fórum China-África, incluindo alguns países com grades dívidas.

Antes da reunião de cúpula, o presidente chinês teve encontros com mais de 10 líderes africanos em Pequim, segundo a imprensa estatal chinesa, que elogiou Xi como um “verdadeiro amigo da África”.

Durante um encontro com o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, um dos países mais beneficiados pelos empréstimos chineses, Xi defendeu mais cooperação para o “desenvolvimento de infraestruturas, energia e recursos minerais”, segundo a agência estatal Xinhua.

Também expressou apoio ao homólogo do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, alvo de sanções dos Estados Unidos por casos de corrupção e abusos dos direitos humanos.

Vários analistas afirmam que a “generosidade” de Pequim com a África pode ser reduzida diante dos problemas económicos internos da China.

Ao mesmo tempo, as disputas com os Estados Unidos podem influenciar cada vez mais a política externa de Pequim.

“Receber os africanos é do interesse geopolítico para a China, que deseja manter estes países ao seu lado diante da rivalidade com os Estados Unidos”, comentou Zainab Usman, diretora do Programa para África do Carnegie Endowment for International Peace.

AFP

×
×

Cart