Sábado, 21 de Dezembro, 2024

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Netanyahu aquém do suficiente para acordo de libertação de reféns

O Presidente norte-americano, Joe Biden, considerou hoje que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não está a fazer o suficiente para alcançar um acordo de libertação dos reféns israelitas mantidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza.

Netanyahu aquém do suficiente para acordo de libertação de reféns

Biden falava pouco antes de se encontrar com os negociadores norte-americanos que trabalham para libertar os reféns no contexto da guerra entre Israel e o Hamas, após a morte de seis deles, incluindo um cidadão israelo-norte-americano.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, candidata do Partido Democrata à sucessão de Biden nas eleições presidenciais de 05 de novembro, também participa nesta reunião na Casa Branca.

Questionado pela comunicação social, à entrada para a reunião, sobre se pensa que Netanyahu está a “fazer o suficiente” para obter um acordo de libertação dos reféns, o chefe de Estado norte-americano respondeu: “Não”.

Durante esse encontro, Joe Biden e Kamala Harris “debaterão iniciativas para chegar a um acordo que garanta a libertação dos restantes reféns”, segundo um comunicado oficial.

Os Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Qatar, que também se apresentaram como mediadores, insistem há meses numa troca de reféns por prisioneiros palestinianos e num cessar-fogo na Faixa de Gaza, há quase 11 meses palco de uma guerra entre Israel e o Hamas.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 105 dos quais foram libertados no cessar-fogo de uma semana em novembro e 97 continuam em cativeiro, 33 dos quais foram entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

Em Israel, começou hoje uma greve nacional com uma participação desigual, para aumentar a pressão sobre o primeiro-ministro, acusado por muitos israelitas de não fazer o suficiente para os trazer de volta vivos.

A guerra, que hoje entrou no 332.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 40.786 mortos (quase 2% da população) e 94.224 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após mais de dez meses e meio de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também cerca de 1,9 milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Lusa

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