Quinta-feira, 19 de Setembro, 2024

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Crise económica mundial trava progresso da agricultura em África

A comissária da União Africana (UA), Josefa Correia Sacko, considerou em Kampala, Uganda, que os progressos de desenvolvimento da agricultura no continente têm sido mais lentos do que o previsto devido à crise económica mundial.

Crise económica mundial trava progresso da agricultura em África

Josefa Sacko, que falava no workshop de validação pós-Malabo da estratégia e plano de ação 2026 – 2035 para o Programa Integrado de Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), assegurou que para além disso, os imensos desafios, choques às alterações climáticas e a pandemia da Covid-19, tiveram uma influência negativa no progresso do programa.

“Como é do conhecimento de muitos de vós, após a declaração de Maputo em 2003, o nosso programa de desenvolvimento da agricultura em África tornou-se uma iniciativa emblemática da Agenda 2063 e quadro central para catalisar a transformação agrícola em África”, enfatizou.

Segundo a diplomata, apesar dos constrangimentos verificados ao longo dos 20 anos de implementação do CAADP, o Produto Interno Bruto (PIB) de África aumentou, enquanto a fome e a pobreza reduziram significativamente.

Fez saber ainda que no ano de 2000, a África Subsariana alcançou a taxa de crescimento agrícola mais elevada se comparada a qualquer outra região (cerca de 4,3%).

Sublinhou, no entanto, que nenhum país conseguiu cumprir com os sete compromissos do Programa Integrado de Desenvolvimento da Agricultura de África.

“Os nossos Estados-Membros estão longe de cumprir com os sete compromissos de Malabo, como mostra o quarto relatório de revisão bienal. Esta situação exige intervenções robustas para apoiar os Estados-Membros a construir um setor agrícola resiliente no meio de uma crise alimentar mundial”, ressaltou a comissária da UA.

O CAADP tem como objetivo aumentar a segurança alimentar e a nutrição, reduzir a pobreza rural, criar emprego e construir para o desenvolvimento económico, bem como proteger o ambiente.

“A agenda CAADP pós-Malabo representa um momento crucial para a reformulação das prioridades de África. E, ao mesmo tempo que se baseia nos pontos fortes, adaptar-se-á estrategicamente para fazer face aos desafios emergentes e alinhar-se às tendências globais”, reforçou a embaixadora.

O Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África pós-Malabo assenta igualmente na necessidade de enfrentar os desafios persistentes, as tarefas inacabadas na consecução dos objetivos da declaração de Malabo, adaptação ao contexto global em mutação, alinhamento com a Agenda 2063 e aproveitamento de novas oportunidades para a transformação da agricultura e o crescimento inclusivo.

À margem do workshop que decorreu de 19 a 23 deste mês, Sacko manteve encontro com o Presidente do Uganda, Yoweri Kaguta Museveni, com quem analisou questões ligadas ao programa de desenvolvimento agrícola de África para os próximos dez anos.

Fonte: Angop

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