Quinta-feira, 19 de Setembro, 2024

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Candidato presidencial fala em tentativa de homicídio, polícia nega

O candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou um agente da polícia moçambicana de o tentar assassinar, no distrito de Zavala, província de Inhambane, sul do país, mas a corporação rejeitou hoje as alegações.

Candidato presidencial fala em tentativa de homicídio, polícia nega

“Foi uma tentativa de assassinato do candidato do povo”, afirmou Mondlane, numa declaração divulgada na rede social Facebook.

O político avançou que, na noite de domingo, o membro da polícia, à paisana, “tentou bruscamente” aproximar-se pelas costas, tendo sido imobilizado e arrancada a arma que trazia, com 15 balas.

Mondlane adiantou que a arma foi entregue pela Coligação Aliança Democrática (CAD) à procuradoria local, mas que o polícia “escapuliu-se”.

“Mandei uma mensagem para a Procuradoria-Geral da República, (…) isto foi claramente uma tentativa frustrada de assassinato”, acrescentou.

Em conferência de imprensa hoje, a porta-voz da polícia na província de Inhambane considerou falsas as acusações de Venâncio Mondlane, referindo que o agente da polícia estava escalado para garantir a segurança da pré-campanha da CAD.

“No dia 09, por razões inconfessáveis a CAD esbulhou [arrancou] a sua arma [do polícia], com alegações de atentado, o que não constitui verdade”, disse Bata.

O polícia “encontrava-se no meio de uma multidão em missão de segurança e proteção da passeata” de pré-campanha eleitoral, avançou.

“O colega estava devidamente escalado, a segurança foi garantida e o candidato, neste momento, encontra-se no distrito de Gaza e a arma agora está no comando”, enfatizou a porta-voz da polícia em Inhambane.

Nércia Bata declarou ainda que o destacamento do polícia resultou de um pedido da CAD para a proteção da pré-campanha de Venâncio Mondlane.

A polícia fez-se presente, através de patrulhas motorizadas, a pé e à paisana, acrescentou.

Venâncio Mondlane concorre à Presidência de Moçambique como independente, após o Conselho Constitucional (CC) excluir, em princípios de agosto, em definitivo, a coligação CAD, que o tentava apoiar.

Mondlane foi candidato pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) nas eleições municipais de 2023 à autarquia de Maputo, abandonou o partido em que militava desde 2018 – e o cargo de deputado para o qual tinha sido eleito -, depois de não ter conseguido concorrer à liderança do maior partido da oposição no congresso realizado em maio.

Além de Mondlane, concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar.

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, incluindo presidenciais, legislativas e provinciais.

O atual Presidente, Filipe Nyusi, não vai concorrer no escrutínio, por já ter atingido o limite constitucional de dois mandatos. 

Lusa

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