A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em pequena alta uma semana agitada, a mais volátil do ano até agora, acabando próximo de onde a tinha começado.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,13%, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,51% e o alargado S&P500 avançou 0,47%.
No primeiro dia da semana, Wall Street viveu o pior dia depois de 2022, no contexto de uma queda bolsista internacional generalizada, suscitada pela divulgação de um número sobre o desemprego nos EUA acima do previsto e uma apreciação súbita do iene, causada por decisões do Banco do Japão.
“Não houve mais saídas das operações de ‘carry trade’, o que ajudou o mercado”, sintetizou Peter Cardillo, da Spartan Capital.
O ‘carry trade’ consiste em endividar-se na moeda de um Estado cujo banco central tenha uma taxa de juro diretora baixa para investir essa liquidez em ativos com rendimentos mais elevados.
Na segunda-feira, a expectativa de novas subidas da taxa de juro do BoJ tinham levado o iene para máximos desconhecidos desde o início do ano, o que suscitou a liquidação das operações de especulação, designadas ‘carry trade’, com a moeda nipónica.
Para Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, “a descida das inscrições semanais para os subsídios de desemprego foi o desencadeador da recuperação de quinta-feira”, depois do pânico mundial de segunda-feira.
Hoje foi “um dia sem indicadores macroeconómicos”, com os investidores a terem no radar a inflação nos EUA, mas que só vai ser divulgada na próxima semana, acrescentou.
O índice de preços no consumidor [IPC] vai ser divulgado na quarta-feira, um dia depois do índice de preços na produção.
A Briefing.com divulgou uma previsão que aponta para uma subida mensal em julho do IPC de 0,2%, depois da baixa de 0,1% verificada em junho.
Lusa