O grupo xiita libanês Hezbollah convocou hoje “movimentos e protestos” contra Israel pelo “horrível massacre” numa escola em Gaza, que fez perto de cem mortos, segundo as autoridades locais.
“Nós, no Hezbollah, condenamos veementemente este horrível massacre e apelamos a todas as pessoas livres do mundo para que o condenem, ativem movimentos e protestos contra o governo assassino israelita”, afirmou a organização num comunicado sobre o ataque perpetrado durante as orações da madrugada.
O grupo libanês criticou que este atentado tenha sido perpetrado “perante os olhos e os ouvidos de todo o mundo, que não mexe um dedo e tem a responsabilidade moral e ética pelos crimes e massacres cometidos pelo inimigo sionista”.
Um ataque aéreo israelita atingiu uma escola transformada em abrigo em Gaza, quando decorriam as orações de madrugada, matando pelo menos 93 pessoas, segundo as autoridades sanitárias palestinianas, num dos ataques mais mortais da guerra de 10 meses entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
As forças armadas israelitas reconheceram que tinham como alvo a escola al-Tabin, no centro da cidade de Gaza, alegando que tinham atingido um centro de comando do Hamas no interior da escola. O grupo islamita negou que o interior da escola fosse um centro seu.
De acordo com o Hezbollah, o que o Governo israelita fez “confirma que continua a sua guerra de extermínio contra o povo palestiniano” e que “a sua verdadeira opção é matar e cometer massacres”, enquanto “falar de um cessar-fogo e de fixar novas datas para as negociações não passa de mentiras e enganos”.
O movimento libanês referia-se ao apelo dos EUA, do Egito e do Qatar, os países mediadores do conflito, para que Israel e Hamas regressem à mesa das negociações em 15 de agosto, a fim de colmatar as lacunas de um cessar-fogo e de o implementar sem demora.
Pouco depois deste apelo, Israel respondeu afirmativamente que participará nesta nova ronda de negociações, cujo local ainda não foi confirmado, embora os mediadores tenham considerado Doha ou o Cairo.
Para o Hezbollah, esta nova ronda de diálogo faz parte do engano de Israel, que continua a cometer crimes contra Gaza.
O grupo libanês afirmou que as frentes de apoio ao povo palestiniano estão “cada vez mais convencidas de sua determinação em resistir” e “trabalham com todas as suas forças para deter o massacre e impedir que o inimigo alcance seus objetivos”.
Lusa