Segunda-feira, 16 de Setembro, 2024

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Zelensky anuncia mais financiamento para programa de mísseis da Ucrânia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje, após ter-se reunido com o seu gabinete de guerra, que o Estado vai destinar mais fundos ao programa nacional para a produção de mísseis.

Zelensky anuncia mais financiamento para programa de mísseis da Ucrânia

“O gabinete decidiu atribuir financiamento adicional ao nosso programa de mísseis. Haverá mais mísseis de produção própria”, escreveu o chefe de Estado na sua conta da plataforma digital Telegram, depois de realizar uma reunião neste formato que inclui chefes militares e dos serviços secretos e os ministros de pastas estratégicas.

A Ucrânia está a desenvolver os seus próprios mísseis para reduzir a sua dependência do armamento que recebe dos aliados ocidentais.

O próprio Zelensky se congratulou, no final de julho, com o ritmo do programa nacional de produção de mísseis.

Kiev já utilizou com êxito mísseis de cruzeiro antinavios R-360 Neptune e está também a desenvolver mísseis antiaéreos e táticos de médio e longo alcance.

O Exército ucraniano continua a não ter autorização dos seus parceiros ocidentais para utilizar o armamento estrangeiro que recebe para bombardear bases aéreas e outros alvos militares e estratégicos situados dentro da Rússia.

Por isso, Kiev está a trabalhar para produzir o seu próprio equipamento militar com capacidade para atingir tais infraestruturas.

Na reunião de hoje do gabinete de guerra, Zelensky também abordou a situação nas linhas da frente, com especial incidência nas frentes de Kharkiv, Toretsk e Pokrovsk.

“O chefe do Estado-Maior do Exército, Oleksandr Sirski, informou por videoconferência [sobre a situação]: está no terreno e mantém pessoalmente a situação sob controlo”, escreveu o Presidente ucraniano no Telegram.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

Lusa

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