Segunda-feira, 16 de Setembro, 2024

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Pelo menos oito mortos este ano em ataques de animais selvagens no centro de Moçambique

Pelo menos oito pessoas morreram no primeiro semestre deste ano em 54 incidentes registados com animais selvagens em Sofala, no centro de Moçambique, anunciou fonte oficial.

Pelo menos oito mortos este ano em ataques de animais selvagens no centro de Moçambique

“Por causa da localização geográfica do nosso distrito [de Marromeu], em que todo ele está cercado por áreas de conservação, todos os dias registam-se casos de conflito homem fauna-bravia. Além de mortos e feridos, também dizer que há destruição de culturas por elefantes e búfalos”, disse o diretor do Serviço Distrital de Atividades Económicas de Marromeu, Júlio Lapissone, em Sofala, citado hoje pela Rádio Moçambique.

Segundo a fonte, este ano foram registados 54 incidentes com animais selvagens naquela província, mais 36 casos comparado a igual período de 2023, em que foram registados quatro mortos.

Os casos envolvem maioritariamente crocodilos, elefantes e búfalos, disse Luís Lapissone, avançando que decorrem ações para travar o conflito homem animal, entre as quais está o treinamento das comunidades em técnicas “de afugentamento”.

“Para fazer face a essa situação, o Governo, em coordenação com as concessionárias das áreas de conservação, tem estado a levar a cabo serviços de afugentamento dos animais através do uso de foguetes, métodos tradicionais ou mesmo abate, em casos de animais problemáticos”, referiu o responsável.

A Lusa noticiou em abril que cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos, segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).

De acordo com o diretor-geral da ANAC, Pejul Calenga, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram ainda, de 2019 a 2023, um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.

Lusa

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