As ações de massacre na faixa de Gaza levadas a cabo pelo exército israelita (IDF, sigla em inglês) desde 7 de outubro do ano transato, atingiram um novo patamar. Este domingo (4) o exército israelita voltou a bombardear um complexo escolar que abrigava milhares de descolados de guerra palestinos, deixando um rasto de pelo menos 30 mortes, entre elas crianças e mulheres, e dezenas de outras pessoas ficaram feridas, informaram fontes locais.
Exército de Israel confirmou o ataque. Eles alegam que as escolas Hasan Salameh e Al Nasr eram usadas pelo Hamas como centro de comando e para esconder líderes e combatentes.
Na sexta (2), outra escola foi alvo de bombardeamento na Cidade de Gaza. Pelo menos 15 pessoas morreram no bairro de Sheikh Radwan. O local também era ocupado por palestinos deslocados.
O Hamas nega as acusações de que opera a partir de instalações civis, como escolas e hospitais.
Dados divulgados pelo Hamas e confirmadas pela ONU, indicam que desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, quase 40 mil pessoas morreram como consequência dos ataques militares do Israel contra fundamental instalações civis.
Nesta semana, uma delegação israelita desloca-se à Cairo para discutir uma possível libertação de reféns e um acordo de cessar-fogo em Gaza. Israel calcula que 111 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, embora 39 delas tenham sido mortas.
Morte de líderes do Hamas vai certamente dificultar qualquer acordo. O Irão, Hezbollah e o próprio Hamas acusam Israel de assassinar Ismail Haniyeh e Mohammed Deif e prometeram vingança. Autoridades israelitas dizem estar preparadas para uma guerra “em todas as frentes”.
Diante da possibilidade de escalada do conflito no Oriente Médio, os Estados Unidos anunciaram na sexta (2) uma mudança na sua postura militar. As medidas visam “melhorar a proteção das Forças Armadas americanas, aumentar o apoio à defesa de Israel e garantir que os EUA estejam preparados para qualquer eventualidade”.
