Sexta-feira, 1 de Agosto, 2025

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Chefes de Estado apontam Tarrafal como exemplo daquilo que nunca mais se quer

Os chefes de Estado que hoje celebraram os 50 anos da libertação dos presos políticos no Tarrafal, Cabo Verde, apontaram o antigo campo (hoje, museu) como exemplo daquilo que nunca mais se quer.

Chefes de Estado apontam Tarrafal como exemplo daquilo que nunca mais se quer

Ao discursar na cerimónia, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa destacou: “o museu que se quer vivo para testemunhar o que não queremos que seja o presente, nem o futuro”.

Uma tarefa essencial, “sobretudo para os jovens de amanhã saberem aquilo que devem rejeitar, sempre: não há confusão possível entre opressão e liberdade, entre ditadura e democracia”, realçou.

O futuro nasce da união no passado, referiu José Maria Neves, Presidente cabo-verdiano, que evocou a revolução de 25 de Abril de 1974 para relembrar que “os povos de Portugal e das colónias estiveram na mesma trincheira” contra a ditadura portuguesa.

“Hoje são novos os desafios e horizontes, numa conjuntura mundial cada vez mais complicada”, apontando como exemplo as vagas migratórias de quem foge da violência e de “novas prisões”, acrescentou, apelando ao reforço da “democracia” com humanidade.

A democracia requer “cuidados permanentes” para que “nunca mais se fale de campos de concentração”, concluiu.

O chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prestou homenagem, no seu discurso, “inclinando-se” perante a memória dos presos políticos.

Da mesma forma, o ministro da Defesa de Angola, em representação do presidente João Lourenço, enalteceu todas as iniciativas que destaquem a resistência ao regime colonial.

Um grupo de 22 deles, aprisionados na segunda fase do campo, oprimindo anticolonialistas, estiveram presentes hoje.

Luís Fonseca, antigo embaixador cabo-verdiano, secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entre 2004 e 2008, usou da palavra como porta-voz dos presos políticos.

Lusa

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