Sexta-feira, 27 de Junho, 2025

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Angola regista mais de mil casos de cancro por ano

Mil e quinhentos novos casos de cancro são diagnosticados anualmente no país, pelo Instituto Angolano de Controlo de Câncer (IACC), informou hoje (domingo), em Luanda, o director da unidade, Fernando Miguel.

Em declarações à Angop, por ocasião do Dia Mundial do Cancro, que hoje se comemora, o director do IACC referiu que assim como nos outros países do mundo, Angola tem registado elevadas taxas da doença, sendo que cerca de 80 por cento chega no estágio três ou quatro, sem por vezes se conseguir salvar a vida.

Explicou que dos mil e 500 novos casos de cancro, a liderança cai para mama, com 25%, seguida pelo cólo do útero, com 19%, e pela próstata, com 7% dos casos, em adultos.

Em relação às crianças, o médico cirurgião oncológico destacou que os tumores de retinoblastoma (olho), rim, leucemias (cancro da medula óssea), linfomas (câncer do sistema linfático) e tumores de sistema nervoso central lideram a lista.

O director-geral explicou que dos novos casos de cancro detectados, 150 são crianças que já estão em tratamento numa área específica para cânceres pediátricos.

Questionado pela demanda, o responsável do IACC ressaltou que o instituto atende, em média, cerca de 500 pacientes por dia, entre doentes e aqueles que aparecem pela primeira vez para fazer o rastreio.

Por outro lado, informou que o IACC precisa de mais 200 médicos para atender à demanda de pacientes, em todas as províncias do país, que buscam por tratamento para várias doenças oncológicas.

Segundo Fernando Miguel, actualmente, o IACC conta com 35 médicos para atender cerca de 500 pacientes diariamente.

Fez saber que esses profissionais estão divididos nas áreas de oncologia clínica, radio-oncologia, cirurgia oncológica, onco-pediatria, anatomopatologia, hemato-oncologia, psico-oncologia e dosemetristas.

Ressaltou que, por ser a única unidade do país a tratar doenças oncológicas, há necessidade de mais profissionais nessas áreas para que o trabalho seja feito de forma mais eficiente, evitando as listas de espera, que, por vezes, agravam o estado dos pacientes.

Entretanto, mencionou, que o tratamento do câncer é principalmente ambulatorial, onde o paciente faz quimioterapia ou radioterapia e volta para casa, sendo internado, apenas, em caso mais graves.

O IACC tem capacidade para 71 camas. Quando todas estão ocupadas, alguns pacientes são internados no Hospital Josina Machel ou no Hospital do Prenda, como parte de uma parceria existente entre as unidades de saúde.

Angop

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