Quinta-feira, 19 de Dezembro, 2024

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Exército ucraniano diz controlar parte “insignificante” de Bakhmut

O comandante das forças terrestres ucranianas, Oleksandre Syrsky, admitiu hoje que as suas tropas apenas controlam uma parte “insignificante” de Bakhmut, da qual Moscovo reclamou a captura, mas assegurou que continuam a avançar pelos flancos.

“Apesar de controlarmos agora apenas uma parte insignificante de Bakhmut, a importância da sua defesa mantém-se. Isto dá-nos a oportunidade de entrar na cidade se a situação mudar, o que certamente acontecerá”, afirmou numa publicação na rede social Telegram.

Reiterando que prossegue o “avanço pelos flancos nos arredores de Bakhmut” e que os militares se “aproximam da captura da cidade num cerco tático”, o comandante acrescentou que Kiev mantém a defesa da cidade.

A Rússia reivindicou no sábado, ao meio-dia, ter capturado toda a cidade devastada de Bakhmut, palco de uma longa batalha da guerra que começou em fevereiro de 2022.

Em declarações à margem da cimeira do G7, no Japão, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a cidade não havia sido ocupada pelas tropas russas.

A vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar, afirmou que o recente avanço ucraniano no norte e no sul da cidade permitiu a Kiev “cercar parcialmente” Bakhmut.

Segundo a governante, as tropas ucranianas ainda controlam “algumas instalações industriais e infraestruturas” em Bakhmut, embora a sua situação seja “crítica”.

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, cujos homens estão na linha da frente em Bakhmut e que foi o primeiro a reivindicar a sua captura, garantiu hoje que a cidade tinha sido tomada “até ao último centímetro” dentro das suas “fronteiras legais”.

“Não há um único soldado ucraniano em Bakhmut”, disse.

A informação hoje divulgada pelo Ministério do Interior ucraniano anuncia a retirada de dez pessoas, incluindo um adolescente, de Bakhmut.

Ainda segundo o ministério, “a operação de salvamento foi difícil, decorrendo por entre minas e sob fogo dos ocupantes”.

“Se o inferno existe, está em Bakhmut”, declarou um dos habitantes retirados, citado pelo ministério ucraniano.

Lusa

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