Os clientes e consumidores de asinhas, carcaça, rabinho de frango e de peru manifestaram esta segunda-feira, em Luanda, a necessidade de se manter a importação destes produtos no país, por oferecem qualidade e baixo custo na aquisição dos respectivos bens.
A solicitação dos consumidores surge na sequência das opiniões que estão a ser veiculadas nas redes sociais por vários cidadãos angolanos, que condenam a entrada de alguns derivados de frango no país, como pontas de asas, carcaças e rabinho de frango e de peru.
Contrariamente à indignação demonstrada por alguns cidadãos, nas redes sociais, por alegado exagero na retaliação do frango, os comerciantes e consumidores desses derivados são unânimes em manter a importação, desde que se tenha as condições fitossanitárias recomendáveis internacionalmente, enquanto o país “não tiver capacidade para satisfazer o mercado interno”.
Numa ronda efectuada pela ANGOP esta segunda-feira, nos arredores do mercado dos Congoleses (Luanda), os clientes apelaram a “não retirada desses produtos no mercado nacional”, por fazerem parte da dieta alimentar dos angolanos.
A título de exemplo, Celso Martins, um dos consumidores de asinhas, advoga a permanência dos referidos produtos, em função da qualidade e facilidade para a sua confecção.
Segundo esse consumidor, o frango inteiro, além de mais caro, a caixa traz uma quantidade reduzida, facto que motiva as pessoas a recorrerem aos seus derivados para variar as opções de alimentos caseiros.
Outra cliente que também concorda com a continuidade destes produtos no mercado é Esperança Cassua, por ser mais económico e rentável.
Para a também revendedora desses produtos, actualmente, os clientes preferem mais as asinhas do que a caixa de coxa.
Em função da elevada procura das partes de frango, a cliente Milca do Nascimento justificou que, habitualmente, compra asinhas, coxa de frango e rabinho de porco por serem produtos “saborosos” para o agregado familiar.
Por elevada procura, referiu que esses produtos sofreram um aumento no preço, sendo que a caixa de asinhas está a custar Kz 11 500, contra 10 mil kwanzas do mês anterior.
Por outro lado, o gerente de um dos armazéns de produtos perecíveis no mercado dos Congoloses, António Kizaje, referiu que os produtos mais comercializados no seu estabelecimento tem sido a coxa e a asa de frango, com uma venda mensal de cerca de 250 caixas por dia, no período de pico (final do mês).
A propósito do assunto em causa, recentemente, a Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) assegurou a aptidão para o consumo de frango e seus derivados comercializados no mercado nacional.
Já a directora nacional do Comércio Externo, Augusta Fortes, referiu que “não existe alguma lei no país que proíbe a entrada desses produtos”.
Num o encontro entre o Ministério da Indústria e Comércio e 15 maiores importadores de frango e seus derivados, os operadores concordaram que, doravante, serão aprimoradas as especificações na importação destes produtos, com base no Decreto Presidencial 126/20 de 5 de Maio, que regula os procedimentos de importação e exportação.
Angop