O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, desmentiu, esta segunda-feira, as informações sobre o possível início da exploração da reserva mineral do município do Longonjo, província do Huambo, conhecida como “Terras Raras”.

O ministro falava à imprensa, momentos depois de ter reinaugurado o complexo escolar nº49, da comuna do Lepi, município do Longonjo, reabilitado, ampliado e apetrechado pela HM Grupo, no quadro das responsabilidades sociais da empresa que actua no sector mineiro.
Com 23 biliões de toneladas de minério bruto, a reserva mineral do município do Longonjo “terras raras”, é composta, especialmente, de neodímio (Nd) e o praseodímio (Pr), actualmente explorados por menos de cinco países.
Estes mineiros, entre outros metais existentes no local, são utilizados como matéria-prima para o fabrico de ímanes permanentes ultra-forte e leves, para uso final em veículos eléctricos, turbinas eólicas, electrónicos modernos como telefones celulares, usado nas novas tecnologias da China.
De acordo com o governante, são falsas as informações que alegam o início dos trabalhos de exploração da localidade, também, conhecida como ouro do século XXI, cujo projecto está a ser implementado através da sociedade de parceria Ozango Minerais S.A, que no local já abriu 369 furos, numa zona de mais de oito mil metros de perfuração.
Na ocasião, o ministro disse estarem a decorrer, desde 2018, os trabalhos de prospecção, na expectativa de que se concluam, com êxito, para se dar origem a uma mina.
“Nesta ordem de trabalho, são desenvolvidas várias etapas, uma delas de colheita de amostras de pequenos e grandes volumes para a realização de testes que estão a ser efectuados, tanto cá em Angola, como no exterior, pelo que não se pode confundir com a actividade mineira, mas sim fases próprias do projecto de prospecção”, explicou.
Acrescentou que a fase de prospecção pode chegar, legalmente, até sete anos e em casos de força maior pode ser prorrogado o prazo e no caso da reserva da Longonjo, houve uma prorrogação do prazo inicial de sete anos, por conta das implicações da Covid-19.
Paralelamente, o governante disse que na província do Huambo já se explora, entre outros, materiais de construção e as rochas ornamentais.
Angop