Quinta-feira, 19 de Setembro, 2024

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Angola entre os dez países mais repressivos do mundo ao lado do Irão

A Amnistia Internacional lança no dia 9 de maio uma campanha global para contrapor o clima de repressão, violência policial e violação do direito ao protesto em dez países considerados críticos que inclui Angola e o Irão.

Esta informação foi avançada pela Sídia Chissungo da Amnistia Internacional Angola, a campanha visa alertar mundo sobre esses fenómenos e dissuadir os governos destes Estados a respeitarem o direito ao protesto.

Segundo a Amnistia Internacional, da lista dos dez países mais repressivos contra manifestantes constam o Irão, Colômbia, Tailândia, Angola e Senegal, sendo estes dois últimos os únicos países de África que constam desta lista.

A campanha em Angola será lançada no dia 16 de maio, em Luanda. Para o evento foram convidadas várias individualidades e organizações angolanas para falar sobre a sua experiência em relação à violência policial e repressão dos direitos de protesto.

Entre as individualidades angolanas convidadas, destaca-se o nome do secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Eduardo Peres Alberto, que tem sido vítima de assédio e ameaças de morte por parte agentes até agora desconhecidos devido à greve no ensino superior.

No dia 3 de maio, Amnistia Internacional publicou o seu relatório sobre o índice de liberdade imprensa no mundo, tendo Angola recuado 26 lugares, saindo de 99.º posição em 2022 para 125.º posição em 2023, estando agora entre os piores países do mundo em termos de liberdade de imprensa.

A repressão, intimidação e violência policial contra manifestantes deterioro significativamente nos últimos anos. Manifestantes e activistas são ameaçados de morte, violentados pela polícia, presos ilegal e arbitrariamente como é o caso dos estudantes do ensino superior que se manifestaram recentemente a favor da greve dos professores do ensino superior, dos quais certa de 4 estudantes foram detidos ilegalmente pela polícia.

Ainda há o caso do activista Gilson da Silva MoreiraTanaice Neutro” que continua detido ilegalmente mesmo estando em estado de saúde crítico, ou ainda, o caso do Nélson Adelino DemboGangsta” que foi obrigado a abandonar o seu país para se refugiar na África do Sul.

Outros activistas, assim como MBamza Hamza, também foram recentemente vítimas de detenções arbitrarias e abusivas por parte do governo.

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