O crédito vencido malparado registou, em 2022, uma redução de 296,24 mil milhões de kwanzas, menos 31% em comparação com o período homólogo.
Estes valores traduzem-se num rácio de incumprimento do sector bancário de 14,40% do total do crédito bruto, sendo inferior ao registado em 2021, que foi de 20,26%, de acordo com dados publicados no Relatório e Contas/2022 do BNA a que a ANGOP teve acesso hoje.
Esta descida de 31% no crédito que os bancos não conseguem cobrar num prazo superior a 90 dias representa uma redução, já que, de 2019 a 2020, o rácio melhorou 32,67% para 18,70%, respectivamente.
O relatório traz também o valor do activo do sistema bancário que tende a crescer, com um aumento de 968,43 mil milhões de kwanzas, situando-se em 18,43 biliões de kwanzas, um incremento de 5,55% em relação a 2021.
Esteve na base do resultado, o aumento do crédito a clientes líquido e do caixa e disponibilidade com um peso perto de 19% e 22%, respectivamente.
O documento menciona também o resultado do exercício da banca, que, até final de 2022, registou resultados positivos no valor de 470,77 mil milhões de kwanzas, uma redução de cerca de 1,35% em comparação com 2021.
O passivo do sector bancário totalizou 15,61 biliões de kwanzas, inferior em 0,45% face ao período homólogo, influenciado pelos passivos subordinados e pelos recursos de bancos centrais e outras instituições de crédito.
Os depósitos dos clientes continuam a ser a principal fonte de financiamento do sector, com um peso de 86,38% sobre o passivo total.
O sector bancário conta com 23 instituições financeiras, 1 478 balcões e 366 agentes bancários.
Lusa