Sexta-feira, 18 de Outubro, 2024

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Polícia volta a matar dois fiéis da seita “A Luz do Mundo” de Kalupeteka

Duas pessoas morreram e uma outra ficou ferida, domingo, no município do Bailundo, província do Huambo, durante um desentendimento entre a polícia e fiéis da seita “A Luz do Mundo” de Kalupeteka.

Segundo um comunicado do Comando da Polícia Nacional no Huambo, o acto ocorreu na aldeia de Uchia, comuna do Lunge, quando agentes da corporação tentavam cumprir um mandado de detenção de alguns indivíduos dessa seita.

A nota refere que um dos indivíduos é o actual líder da seita, Isaac José Fernando, acusado de crimes de ameaça e intimidação da população, incitação à violência e apropriação indevida de campos de cultivo.

De acordo com a versão policial, o Ministério Público já havia emitido vários mandados de captura e ordenado a comparência dos mesmos, sem sucesso.

Na sequência, ordenou a detenção dos referidos indivíduos, encabeçados por Isaac José Fernando, que “resistiu à acção das forças da ordem pública, com o emprego de objectos contundentes”.

Este acto, segundo ainda a versão da Polícia, resultou na morte de dois indivíduos e no ferimento de outro, entre os elementos da seita. 

Até ao momento, ainda não foi possível ouvir a versão dos acusados, particularmente do seu líder, sobre o caso.

Esta é a segunda vez, no espaço de 8 anos, que membros dessa seita se envolvem em actos de desobediência civil, que resultam em morte. 

A 16 de Abril de 2015, no monte Sumi, municipio da Caála, província do Huambo, assassinaram nove agentes da Polícia Nacional e o delegado do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado naquela circunscrição.

As vítimas mortais foram o comandante da Polícia Nacional na Caála, superintendente-chefe Evaristo Catombela, o chefe das operações da Polícia de Intervenção Rápida, intendente Luhengue Joaquim José, e o o delegado do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado, Constantino Namêle.

Morreram igualmente o instrutor e sub-inspector Abel do Carmo, o 1.º sub-chefe João Nunes, os agentes Luís Sambo, Castro Hossi,  Manuel Lopes e Afonso António. 

Como consequência, o Tribunal Provincial do Huambo condenou, em 2016, o então líder dessa seita religiosa, José Julino Kalupeteka, a pena de 28 anos prisão efectiva, reduzida pelo Tribunal Supremo para 23 anos.

Face à nova ocorrência, a Polícia Nacional apela à calma da população da província  do Huambo e do município do Bailundo, em particular, bem como ao respeito à autoridade policial. 

Angop

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