A França pretende continuar a ser um “parceiro ativo” em África, disse hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, num período em que Paris enfrenta vários desafios no continente.

“Temos parceiros, desafios e ativos comuns para usar (…) É juntando todas as nossas ações que continuaremos a ser um parceiro ativo no continente”, afirmou a chefe de diplomacia francesa perante o Senado.
A declaração de Colonna acontece num período em que o sentimento antifrancês se espalha em vários países do continente, de que são exemplo as relações tensas simultaneamente com Marrocos e Argélia, e que a França está a repensar toda a sua presença militar no continente ao mesmo tempo que países como China, Rússia e Turquia expandem a sua influência.
O Presidente francês, Emmanuel Macron visitou na semana passada o Gabão, Angola, Congo e República Democrática do Congo (RDCongo), com o objetivo de refundar as relações com o continente, onde a França é um ator internacional de relevo.
Nos últimos anos, a França esforçou-se por romper com o conceito ‘Françafrica’, com práticas opacas e as redes de influência herdadas do período colonial.
“A França mudou. Queremos sair dessas visões datadas”, assegurou hoje Catherine Colonna.
Paris também afirma que alguns atores, como o grupo paramilitar russo Wagner, agitam o sentimento antifrancês em países africanos como o Mali e República Centro-Africana, onde mantêm mercenários no apoio aos regimes no poder.
Lusa