Raphael Varane e Ibrahim Konaté são os mais recentes casos da ‘onda viral’ que atingiu a seleção francesa de futebol no Mundial2022, elevando para cinco o total de gauleses doentes no Qatar.
A dois dias da final de Lusail, o campeão do Mundo treinou hoje sem aqueles dois defesas, que se juntam ‘na enfermaria’ dos ‘azuis’ a Kingsley Coman, diminuído por “um pequeno sintoma viral” desde quarta-feira.
Antes, já tinham estado doentes Adrian Rabiot, que por isso falhou a meia-final contra Marrocos, e Dayan Upamecano.
No treino realizado no estádio Jassim bin Hamad, Varane, Konaté e Coman estiveram ausentes, com os responsáveis da seleção apostados em travar propagação do vírus no grupo.
Nenhuma explicação oficial foi avançada para estas ausências, ao contrário dos casos de Aurélien Tchouaméni e Theo Hernandez, que ficaram a “trabalhar no ginásio”, na sequência de ‘toques’ na anca e joelho, respetivamente, segundo o comunicado da Federação Francesa de Futebol.
A ‘boa notícia’ foi o regresso ao conjunto de Rabiot, um dos elementos principais da seleção que domingo vai defender o título, na final contra a Argentina. Quinta-feira tinha estado em campo, mas a fazer trabalho individual e de ‘sweat-shirt’ vestida.
Na base do problema poderá estar a constante exposição ao ar condicionado nos estádios e hotéis e as constantes mudanças de temperatura, com a virose a manifestar-se com sintomas como febre, tosse, diarreia e vómitos.
Sem o assumir publicamente, o selecionador, Didier Deschamps, já da mostras de algum ‘desconforto’ com o que se está a passar, nomeadamente com a incerteza das recuperações e a possibilidade de mais jogadores adoecerem.
“Há uma pequena gripe que se propaga, mas nada de grave”, disse hoje aos jornalistas o avançado suplente Randal Kolo Muani, sendo interrompido pelo diretor de imprensa da seleção, que remeteu para mais tarde outras explicações.
Sem pormenorizar, a FFF disse que os jogadores doentes terão “atividade de ginásio”, não se sabendo se vão estar no último treino, sábado à tarde.
Ousmane Dembelé garante que “não estão com medo do vírus” e que este provocou “dores de cabeça e de barriga” a Upamecano e Rabiot. Já Didier Deschamps reconheceu que Upamecano “passou três dias complicados”, mas que agora está bastante melhor.
“Os médicos montaram algumas zonas sanitárias, não nos podemos inquietar por isso, vai melhorar”, disse Kolo Muani, na conferência de imprensa. “Os que estão doentes ficam no quarto, lavamos as mãos, temos gel, mantemos regras de segurança nos cumprimentos, somos muito rigorosos com isso”, disse ainda.