Sábado, 13 de Setembro, 2025

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País deve acelerar diversificação da economia e reduzir dependência do petróleo

O economista Carlos Rosado defendeu, nesta quinta-feira, em Caxito, província do Bengo, a necessidade do país acelerar a diversificação da economia e investir em vários sectores, para reduzir a dependência em relação ao petróleo.

O economista que dissertava sobre o tema “A economia angolana no antes e pós-independência”,   a propósito do 47° aniversário da Independência Nacional, referiu que cerca de um terço da riqueza que se cria no país todos os anos provêm do petróleo.

“Temos uma economia muito concentrada, dependente do petróleo,  e o maior desafio é justamente diversificar a economia”, sublinhou.

Lembrou que antes da independência o petróleo representava menos de 20 por cento das receitas do Estado, enquanto no pós-independência o produto passou a  representar 60 por cento das finanças públicas.

Actualmente, a exportação do petróleo situa-se em mais de 95 por cento, contra 30 por cento registado em 1974, enquanto exportação de diamante ronda hoje entre um a dois por cento.

Ao comparar a economia angolana de  hoje, com a anterior (antes da independência), considerou esta com tendo sido mais equilibrada e diversificada,  mas com pouco proveito para angolanos.

Na sua opinião,  a retirada em debandada da elite colonial do país contribuiu para a derrocada da economia angolana.

Lembrou que em 1974/75,  o Produto Interno Bruto (PIB) em Angola rondava em cinco mil milhões de dólares.

Este ano, a previsão do PIB angolano está a volta de cerca de 100 mil milhões de dólares.

Em 1974, disse, as indústrias extractivas, como o petróleo, representavam cerca de menos de 10 por cento da economia, enquanto a agricultura representava mais de 12 por cento do PIB.

Ao referir-se aos principais produtos nacionais  de exportação  antes da independência,  apontou o facto de Angola ocupar o  terceiro lugar na lista de maiores produtores de café,  com uma produção de mais de 240 mil toneladas,  contra as actuais seis mil toneladas. 

Aconselhou os estudantes  a desprenderem-se do princípio de que o estado é o único empregador,  uma vez que o sector privado é o maior operador na criação de postos de trabalho.

Angop

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