O Instituto Nacional da Criança (INAC), na província do Zaire, está preocupado com o aumento do número de crianças abandonadas no posto fronteiriço do Luvo, município de Mbanza Kongo, por indivíduos desconhecidos.
De acordo com o chefe dos serviços provinciais do INAC no Zaire, Rafael Kidiwa, em declarações hoje à ANGOP, muitas dessas crianças, menores de dez anos cruzam a fronteira em companhia de alguns adultos que depois de serem interpelados pelas forças de ordem e segurança acabam por abandonar os petizes na linha divisória.
Acrescentou que o INAC em parceria com os órgãos afectos à Delegação do Interior está a trabalhar para se acabar com este fenómeno que aos poucos vai ganhando contornos alarmantes na região.
De acordo com o responsável, só este ano, quatro crianças menores de dez anos de idade foram encontradas na fronteira do Luvo com a República Democrática do Congo (RDC), assim como em alguns postos policiais existentes ao longo da Estrada Nacional Mbanza Kongo/Luanda.
Deste número de petizes, acrescentou, dois tinham como destino à RDC e igual número para a capital do país, Luanda.
“A província do Zaire tem servido de trampolim na transição de crianças da RDC para Angola e vice-versa, muitas delas transportadas por pessoas próximas dos pais ou membros da família”, realçou.
Informou que até aqui a polícia nacional ainda não conseguiu de deter esses elementos que após a interpelação colocam-se em fuga.
Em relação às crianças abandonadas, disse, o INAC tem as colocadas no centro de acolhimento Giorgio Zulianello em Mbanza Kongo, para depois serem devolvidas às respectivas famílias, no quadro do programa de reunificação familiar.
O Instituto Nacional da Criança, na província do Zaire, registou de Janeiro a Setembro deste ano, 512 casos de violência contra a criança, 42 dos quais de abandono de menores.
Angop