O resultado líquido da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANGP) fixou-se em 55,18 mil milhões kwanzas, em 2021, uma quebra de 155,04 mil milhões de kwanzas (cerca de 74%) face a 2020.

O resultado líquido da Concessionaria Nacional, em 2020, foi de 210.228 mil milhões kwanzas, de acordo com o seu Relatório de Gestão e Contas 2021 a que ANGOP teve acesso no portal desta instituição.
Os custos operacionais cifraram-se em de 116,49 mil milhões kwanzas, relacionados com gastos com o pessoal, amortizações de activos firmes e outros gastos, observando-se um aumento face a 2020, período em que o mesmo foi de 76,03 mil milhões.
A ANPG justifica que os custos com pessoal e os outros custos operacionais são as principais classes de custos, com um peso percentual de 44% e 54%, respectivamente.
Em termos de resultados operacionais, a ANPG registou proveitos na ordem dos 219.073 mil milhões kwanzas, um aumento de 101.006 mil milhões, em comparação com o período homólogo.
Dos 219.073 mil milhões kwanzas dos proveitos operacionais, 122.638 mil milhões são referentes a taxa de consignação atribuída com a venda de petróleo bruto por bloco, sendo a principal receita da Concessionaria Nacional.
Outros proveitos operacionais são provenientes dos serviços suplementares na ordem dos 23.674 mil milhões, Kz 7.937 mil milhões com a venda de dados sísmicos, entre outras operações.
Quanto às exportações, os levantamentos realizados atingiram os 410.115.196 barris, dos quais, 96% representam as exportações efectivas e 4% correspondem às entregas à Refinaria de Luanda.
Dos levantamentos efectuados, 102.708 639 barris (cerca de 20%) foram pela Concessionária Nacional e os restantes 80%, correspondendo a 307.406.556 barris, repartidos pelos grupos empreiteiros.
As três ramas, com maiores volumes, foram a Dália, Mostarda e Cabinda, representando cerca de 31%.
Produção baixou 12%
A produção de óleo, nas 16 concessões petrolíferas activas, foi de 410.426.767 barris, correspondente a uma média de 1.124.457 BOPD, contra os 1.130.092 barris de petróleo por dia (BOPD) previstos.
Em relação ao ano anterior, em que se registou uma produção de 1.271.460 BOPD, verifica-se uma redução na ordem dos 12%.
Apesar da quebra, as 16 concessões petrolíferas activas no território nacional em 2021 tiveram uma eficiência operacional das instalações na ordem dos 90,58%, um incremento em mais de 3,5% quando comparado com o período homólogo.
A produção de gás foi de 1.003.934 milhões de pés cúbicos, correspondente a uma média diária de 2.751 milhões de pés cúbicos por dia (MMSCFD), 15, 61% abaixo da previsão anual de 3.260 MMSCFD.
Quando comparada à produção de 2020 ( 3.007 MMSCFD), os níveis registados representam uma redução de 8,5%.
A queima de gás natural foi de 151 MMSCFD contra 176 MMSCFD, inicialmente previsto.
Segundo a ANPG, o declínio da produção foi atenuado com entrada em produção de seis projectos em 2021, os quais adicionaram a produção base, aproximadamente 19.000 BOPD, com particular realce para o Bloco 17, cujos projectos foram responsáveis por 63% do volume incremento.
Angop