Sábado, 2 de Agosto, 2025

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ANPG fecha exercício com quebra elevada dos lucros

O resultado líquido da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANGP) fixou-se em 55,18 mil milhões kwanzas, em 2021, uma  quebra de 155,04 mil milhões de kwanzas (cerca de 74%) face a 2020.

O resultado líquido da Concessionaria Nacional, em 2020, foi de 210.228 mil milhões kwanzas, de acordo com o seu Relatório de Gestão e Contas 2021 a que ANGOP teve acesso no portal desta instituição.

Os custos operacionais  cifraram-se em de 116,49  mil milhões  kwanzas, relacionados com gastos com o pessoal, amortizações de activos firmes e outros gastos, observando-se um aumento face  a 2020, período em que o mesmo foi de 76,03 mil milhões.

A  ANPG  justifica que os custos com pessoal e os outros custos operacionais são as principais classes de custos, com um peso percentual de 44% e 54%, respectivamente.

Em termos de resultados operacionais, a ANPG registou proveitos na ordem dos 219.073 mil milhões kwanzas, um aumento de  101.006 mil milhões, em comparação com o período homólogo.

Dos 219.073 mil milhões kwanzas dos proveitos operacionais, 122.638 mil milhões são referentes a taxa de consignação atribuída com a venda de petróleo bruto por bloco, sendo a principal receita da Concessionaria Nacional.

Outros proveitos operacionais são provenientes dos serviços suplementares na ordem dos 23.674 mil milhões, Kz 7.937 mil milhões com a venda de dados sísmicos, entre outras operações.

Quanto às exportações, os levantamentos realizados atingiram os  410.115.196 barris, dos quais,  96% representam as exportações efectivas e 4% correspondem às entregas à Refinaria de Luanda.

Dos levantamentos efectuados, 102.708 639 barris (cerca de 20%)  foram pela Concessionária Nacional e os restantes 80%, correspondendo a 307.406.556 barris, repartidos pelos grupos empreiteiros.

As três ramas, com maiores volumes, foram a Dália, Mostarda e Cabinda, representando cerca de 31%.

Produção baixou 12%

A produção de óleo, nas 16 concessões petrolíferas activas, foi de 410.426.767 barris, correspondente a uma média de 1.124.457 BOPD, contra os 1.130.092 barris de petróleo por dia (BOPD) previstos.

Em relação ao ano anterior, em que se registou uma produção de 1.271.460 BOPD, verifica-se uma redução na ordem dos 12%.

Apesar da quebra, as 16 concessões petrolíferas activas no território nacional em 2021 tiveram uma eficiência operacional das instalações na ordem dos 90,58%, um incremento em mais de 3,5% quando comparado com o período homólogo.

 A produção de gás foi de 1.003.934 milhões de pés cúbicos, correspondente a uma média diária de 2.751 milhões de pés cúbicos por dia (MMSCFD), 15, 61% abaixo da previsão anual de 3.260 MMSCFD.

Quando comparada à produção de 2020 ( 3.007 MMSCFD), os níveis registados  representam  uma redução de 8,5%.  

A queima de gás natural foi de 151 MMSCFD contra 176 MMSCFD, inicialmente previsto.

Segundo a ANPG, o declínio da produção foi atenuado com entrada em produção de seis projectos em 2021, os quais adicionaram a produção base, aproximadamente 19.000 BOPD, com particular realce para o Bloco 17, cujos projectos foram responsáveis por 63% do volume incremento.

Angop

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