O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, disse hoje que a participação presencial do Presidente russo, Vladimir Putin, na próxima cimeira do G20, em Bali, foi descartada pela presidência indonésia do organismo.
Questionado na cimeira do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), que terminou hoje na Alemanha, sobre o anúncio do Kremlin de que Putin participaria na cimeira de Bali, em novembro, Draghi afirmou que o Presidente indonésio, Joko Widodo, exclui esta possibilidade.
Widodo “foi categórico: ele [Putin] não vem. O que pode acontecer — não sei o que vai acontecer, mas o que pode acontecer talvez seja uma intervenção remota”, adiantou Draghi, cujo país irá transmitir em Bali a presidência do G20 à Indonésia.
A informação ainda não foi confirmada pelo chefe de Estado indonésio, Joko Widodo, que vai reunir-se hoje, em Kiev, com o homólogo da Ucrânia, numa tentativa de alcançar um cessar-fogo do conflito causado pela invasão da Rússia.
Joko Widodo, que participou na cimeira do G7, na segunda-feira, na Alemanha, já está a caminho de Kiev, disse a ministra dos Negócios Estrangeiro indonésia, Retno Marsudi, que acompanha o chefe de Estado, numa mensagem de vídeo.
Depois da visita à Ucrânia e do encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o líder indonésio segue para a Rússia, onde se vai encontrar com Putin, na quinta-feira, tornando-se no primeiro líder asiático a visitar os dois países desde o início da invasão russa do território ucraniano, a 24 de fevereiro.
Antes de partir no domingo, Widodo disse que ia pedir a Zelensky e Putin um cessar-fogo imediato e procurar um acordo de paz através do diálogo.
Apesar da pressão de países como os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália para que Putin não participe na cimeira das 20 maiores economias do mundo (G20), entre 11 e 13 de novembro, na ilha de Bali, a Indonésia manteve até agora o convite ao líder russo.
Em abril, o Presidente indonésio, popularmente conhecido como Jokowi, alargou o convite do G20 a Zelensky e declarou que a Indonésia está pronta para “contribuir para o esforço de paz”.
A Rússia foi expulsa na década passada do grupo de economias industrializadas então conhecido como G8, rebatizado G7, na sequência da invasão da península da Crimeia, na Ucrânia, em 2014.
Lusa