Oito profissionais de saúde vão ser julgados por homicídio involuntário do antigo futebolista Diego Armando Maradona, com circunstâncias agravantes, após concluída a investigação da morte ocorrida em 2020, face a um ataque cardíaco, anunciou hoje um juiz.
Um juiz de San Isidro confirmou o processo a esses profissionais, que inclui um neurocirurgião médico de família, um psiquiatra, um responsável de enfermagem e enfermeiros, depois de o Ministério Público ter pedido a demissão destes em abril, apontando deficiências e negligência nos cuidados com Maradona, que recuperava em casa, situada a norte de Buenos Aires, de uma neurocirurgia.
Os oito profissionais enfrentam sentenças que variam entre os oito e 25 anos de prisão, mas devem permanecer em liberdade até ao julgamento, já que a procuradoria de San Isidro nunca solicitou a prisão preventiva.
Segundo a procuradoria, a equipa responsável por Maradona foi “protagonista de uma internação domiciliar sem precedentes, totalmente deficiente e imprudente”, e cometeu uma “série de improvisos, má gestão e inadimplências”.
Diego Armando Maradona, que somou 91 internacionalizações e 34 golos pela Argetina, morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, após sofrer uma paragem cardíaca na sua vivenda em Tigre, na província de Buenos Aires.
A carreira de Maradona enquanto futebolista, de 1976 a 1997, ficou marcada pela conquista do Mundial1986, ao serviço da Argentina, e por dois títulos italianos e uma Taça UEFA pelo Nápoles, emblema pelo qual alinhou de 1984 a 1991.
‘El Pibe’ representou ainda Argentinos Juniors (1976 a 1980), Boca Juniors (1981 e entre 1995 e 1997), FC Barcelona (1982 a 1984), Sevilha (1992/93) e Newell’s Old Boys (1993/94).
Lusa