Ryan Giggs anunciou esta segunda-feira (20) que se demite do cargo de selecionador nacional de futebol do País de Gales, lugar que não ocupava efetivamente desde novembro de 2020, quando foi acusado pela ex-mulher de assédio sexual e agressões.
Desde o final de 2020 que Giggs tem sido substituído, de forma interina, por Rob Page, o treinador que esteve no banco na bem-sucedida qualificação para a fase final do Mundial, a primeira dos galeses desde o Suécia’58.
O antigo jogador do Manchester United foi acusado de agressões pela ex-mulher e a irmã desta, com o início do julgamento marcado para o tribunal de Manchester, em 08 de agosto próximo.
No Mundial do Qatar, já com Rob Page como selecionador efetivo, o País de Gales jogará contra Inglaterra, Estados Unidos e Irão, na fase de grupos.
“Foi uma honra e um privilégio orientar o meu país (em 18 jogos), mas creio que o mais correto é que Gales se prepare para o Mundial com segurança e sem especulações sobre o posto de selecionador”, explicou Giggs, em comunicado.
O contrato com a federação galesa expirava, precisamente, em dezembro deste ano.
“Tal como já foi tornado público, declarei-me inocente das acusações criminais que enfrento no tribunal de Manchester. Apesar de ter confiança no processo judicial, teria gostado que o caso se encerrasse antes, para poder seguir com as minhas responsabilidades como treinador”, acrescentou.
Giggs admite que “não foi culpa de ninguém” que o processo se tenha atrasado, mas não quer que a preparação da seleção “seja afetada ou desestabilizada pelo contínuo interesse” no processo judicial.
Lusa