Segunda-feira, 30 de Junho, 2025

O seu direito à informação, sem compromissos

Pesquisar

Angola inicia produção de bombons

A República de Angola iniciou oficialmente hoje a produção de bombons “bon-o-bon”, tornando-se o primeiro país africano neste seguimento de negócio.

A produção do Bon Bon resulta de um investimento da fábrica Dulceria Nacional, inaugurada nesta quinta-feira, pelo Presidente da República, João Lourenço.

Os bombons bon-o-bon ” made in Angola”  estão a ser produzidos na referida fábrica, uma joint venture estabelecida, em 2018, entre as multinacionais Webcor Grup e o Grupo argentino Arcor, que já operam no país há muitos anos.

A sua média de produção ronda as quatro mil toneladas/ano, segundo Fernando Di Giusto, director-geral da fábrica.

Entretanto, a capacidade instalada  da linha de produção é de sete mil toneladas/ano de bombons, uma quantidade que vai consumir cerca de 1.500 toneladas de chocolate em pó, necessário para a composição da receita.

Há mais de 30 anos no mercado internacional, a marca bon-o-bon é produzida , além de Angola, na Argentina, Chile (México) e no Brasil, sendo exportada para mais de 80 países.

Da Argentina veio a receita que está a ser usada para a feitura do “bon-o-bon” Made in Angola”, que já conta com mercados externos, como a África do Sul, Moçambique e os dois Congos, onde existe distribuidores em acção.

A nível nacional, o produto já está exposto em prateleiras das superfícies comerciais e no mercado informal.

Nesta  primeira fase, a matéria-prima, como o chocolate, está a ser importado, mas acordos já foram firmados com fornecedores locais, no município de Viana, que estão a transformar o cacau produzido em Cabinda.

“Amostras de chocolate produzido localmente já estão disponíveis na fábrica, para nos próximos dias fazermos a transição”, garantiu Fernando Di Giusto, em declarações à ANGOP, à margem da cerimónia de inauguração da fábrica.

A fábrica vai fazer uso de mais de 200 matérias-primas para poderem movimentar as três linhas de produção  desta unidade fabril, além das dos bombons, a de bolachas água e sal e doce, rebuçados, chupa-chups e sambapitos.

Micro ingredientes, como Aromas, corantes e outros produtos poderão ser ainda importados.

A fábrica vai produzir 7.500 toneladas/ano de bolachas de marca serranias, triunfo e doces com a marca maná e merci, com um  investimento total de 45 milhões  norte-americanos.

Vai ainda produzir  três mil toneladas/ano de rebuçados, chupa-chups e sambapitos da marca Arcor, outros produtos que vão chegar nos países vizinhos.

Instalada no Pólo Industrial de Viana, a fábrica Dulceria Nacional foi erguida num espaço de oito hectares e prevê empregar 500 pessoas, até atingir o pico em termos de operação.

Cacau de Cabinda

Em Angola para participar da inauguração da fábrica Dulceria Nacional, o administrador Executivo da Webcor Group, Philippe Beck, manifestou a intenção do aumento dos investimentos feitos, nos próximos anos, tão logo o mercado exigir.

Em declarações à ANGOP, Philippe Beck referiu que, no quadro da produção local da marca bon-o-bon, o foco está no cacau produzido em Cabinda, assegurando terem sido dados já passos neste sentido.

“O plano é, de maneira faseada, utilizarmos o cacau de Cabinda”, confirmou o empresário.

Além do cacau de Cabinda, informou que grande parte dos produtos de “grandes volumes”, como farinha, açúcar, sal e outros, serão adquiridos localmente, o que vai incidir também nos preços.

×
×

Cart