A UNITA reafirmou, nesta terça-feira, a determinação em manter a paz e trabalhar, para aprofundar e consolidar o Estado Democrático de Direito em Angola.
Numa declaração alusiva a assinatura dos Acordos de Paz de Bicesse, que hoje se assinala, aquela força política regozija-se pelo facto de ter contribuído para o alcance dos Acordos de Bicesse.
Sublinha o facto do referido Acordo ter sido, no plano formal, o instrumento que impulsionou Angola para o multipartidarismo.
No documento, a que a ANGOP teve acesso hoje, a UNITA apela à tolerância política e ao espírito de Reconciliação Nacional.
O partido na oposição enaltece a memória dos angolanos que verteram suor e sangue para que as negociações directas entre o Governo angolano e a UNITA tivessem lugar, com vista ao estabelecimento de um clima de paz no país.
Os Acordos de Bicesse foram assinados a 31 de Maio de 1991, em Estoril, Portugal, pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e o ex-líder da UNITA, Jonas Savimbi, na presença de representantes de países da Troika de Observadores, designadamente Portugal, Rússia e EUA.
No essencial, os Acordos visavam o fim da guerra em Angola, a implementação do sistema democrático multipartidário e a realização de eleições livres e justas.
Apesar de ter sido efémero e não ter evitado o recrudescer da guerra, o texto determinava, entre outros pontos, um cessar-fogo entre as forças militares do Governo e da UNITA.
Angop